O Ceará possui reservas hídricas,
dentro do atual planejamento de contenção, para cerca de 133 dias. Com isso,
não estão descartadas as possibilidades de que o racionamento já se inicie em janeiro
e que chegue a 100% para a agricultura irrigada. Isso se dá diante do último
prognóstico para o período chuvoso, que é de 30% de chances de uma quadra
invernosa acima da média.
A informação foi dada, ontem, pelo titular da Secretaria de Recursos Hídricos (SRH), Francisco Teixeira - ao admitir que o Estado tem água somente até março -, ao participar da reunião técnica da Comissão Especial da Assembleia Legislativa que acompanha o andamento das obras de transposição do Rio São Francisco.
Segundo Teixeira, o percentual de 30% é bastante considerável, comparando-se ao fato de que, no ano passado, em igual período, já se trabalhava com a possibilidade de 70% de seca.
No entanto, o secretário da SRH diz que ainda há um risco muito grande, e as medidas mais severas objetivam conter um mal maior e preservar o abastecimento humano de Fortaleza e Região Metropolitana. Diante disso, explicou que medidas mais rigorosas estão condicionadas às previsões da Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme), que deverá apresentar um quadro mais seguro. "Para nós, o que é pior é a incerteza. Podemos estender a água de nossos reservatórios até março ou abril, mas isso implica em adotar medidas mais severas", afirmou.
Durante a reunião, o prefeito de Jaguaribara - onde fica localizado o Castanhão -, Francini Guedes, lamentou que o Ceará deixou de contar com as águas da transposição. Ele entende que a possibilidade de se abrir um novo edital implica numa demora para uma situação de urgência. "Estamos falando em cerca de 100 municípios que vivem o drama da sede".
Como resultado da reunião de ontem foi estabelecido que integrantes da Comissão e representantes de classes produtoras farão uma marcha em Brasília na próxima terça-feira, dia 22.
O objetivo é manter uma audiência com os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, com o intuito de dissuadir para ações extraordinárias que retomem as obras da transposição no tempo mais ágil.
Marcha
Durante a reunião, o presidente da Comissão Especial, deputado Carlos Mattos, explicou que esse é mais um apelo da sociedade, após as negativas dirigidas aos políticos do Estado representantes no Congresso Nacional e ao próprio governador da necessidade de uma nova licitação após o abandono da obra pela Construtora Mendes Júnior.
O assunto foi discutido na reunião da Comissão do último dia 12, quando se fez uma explanação dos motivos apresentados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e do ministro da Integração Nacional, Hélder Barbalho, para que se instituísse um novo edital. A medida considerava o alto valor para a conclusão do trecho que possibilita que as águas do Rio São Francisco cheguem ao Ceará, da ordem de R$ 600 milhões. Uma outra alternativa seria o Ceará inteiro decretar estado de emergência, mas que traria implicações negativas aos negócios internacionais.
Fonte: Diário do Nordeste
A informação foi dada, ontem, pelo titular da Secretaria de Recursos Hídricos (SRH), Francisco Teixeira - ao admitir que o Estado tem água somente até março -, ao participar da reunião técnica da Comissão Especial da Assembleia Legislativa que acompanha o andamento das obras de transposição do Rio São Francisco.
Segundo Teixeira, o percentual de 30% é bastante considerável, comparando-se ao fato de que, no ano passado, em igual período, já se trabalhava com a possibilidade de 70% de seca.
No entanto, o secretário da SRH diz que ainda há um risco muito grande, e as medidas mais severas objetivam conter um mal maior e preservar o abastecimento humano de Fortaleza e Região Metropolitana. Diante disso, explicou que medidas mais rigorosas estão condicionadas às previsões da Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme), que deverá apresentar um quadro mais seguro. "Para nós, o que é pior é a incerteza. Podemos estender a água de nossos reservatórios até março ou abril, mas isso implica em adotar medidas mais severas", afirmou.
Durante a reunião, o prefeito de Jaguaribara - onde fica localizado o Castanhão -, Francini Guedes, lamentou que o Ceará deixou de contar com as águas da transposição. Ele entende que a possibilidade de se abrir um novo edital implica numa demora para uma situação de urgência. "Estamos falando em cerca de 100 municípios que vivem o drama da sede".
Como resultado da reunião de ontem foi estabelecido que integrantes da Comissão e representantes de classes produtoras farão uma marcha em Brasília na próxima terça-feira, dia 22.
O objetivo é manter uma audiência com os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, com o intuito de dissuadir para ações extraordinárias que retomem as obras da transposição no tempo mais ágil.
Marcha
Durante a reunião, o presidente da Comissão Especial, deputado Carlos Mattos, explicou que esse é mais um apelo da sociedade, após as negativas dirigidas aos políticos do Estado representantes no Congresso Nacional e ao próprio governador da necessidade de uma nova licitação após o abandono da obra pela Construtora Mendes Júnior.
O assunto foi discutido na reunião da Comissão do último dia 12, quando se fez uma explanação dos motivos apresentados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e do ministro da Integração Nacional, Hélder Barbalho, para que se instituísse um novo edital. A medida considerava o alto valor para a conclusão do trecho que possibilita que as águas do Rio São Francisco cheguem ao Ceará, da ordem de R$ 600 milhões. Uma outra alternativa seria o Ceará inteiro decretar estado de emergência, mas que traria implicações negativas aos negócios internacionais.
Fonte: Diário do Nordeste
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