segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Telebras e TIM vão compartilhar 2.200 km de fibras nas regiões Norte e Nordeste

Acordo assinado no último dia 10 garantirá o atendimento dos estados do Amazonas e Amapá pela estatal e aumento da capacidade das redes 3G e 4G da operadora móvel.

No início de 2013, a Telebras levará sua rede a 21 cidades da Região Norte, utilizando a rede de 2.200 km da TIM no Linhão de Tucuruí, entre Amazonas e Amapá. 

Em contrapartida, a operadora móvel usará a rede da estatal nas regiões Norte e Nordeste, entre os estados de Tocantins e o norte de Minas Gerais, também com 2.200 km que será implantada até o final de 2013 com a Chesf. 

A troca de capacidade foi oficializada nesta quarta-feira [10], em entrevista coletiva realizada na Futurecom 2012, que acontece no Rio de janeiro. Para a estatal, a medida contribui para o atendimento de seu projeto estratégico de levar o Plano Nacional de Banda Larga [PNBL] para a região Norte, bem como a rede de alta capacidade para a Copa do Mundo na cidade de Manaus. 

Já para a TIM o acordo dará capilaridade as suas redes 3G e 4G [LTE]. O acordo entre a Telebras e a TIM não prevê troca de dinheiro, mas será valorado com o fim de recolhimento de impostos. A operadora móvel informou que gastou R$ 250 milhões para compra por leilão do direito de passagem no linhão (R$ 80 milhões) e para implantação da rede [R$ 170 milhões]. 

A estatal, por sua vez, terá que “fibrar” estações radiobase da TIM ou implantar rádios de alta capacidade para ligar a rede da celular a seu backbone. O presidente da estatal, Caio Bonilha, disse que o acordo assinado hoje reforça o papel da Telebras, de ser uma solução para todas as prestadoras que necessitem de capacidade.

“Com isso, estaremos ajudando a ampliar a infraestrutura da banda larga móvel no país”, disse. O presidente do conselho administrativo da TIM, Manoel Horácio, por sua vez, entende que a troca de capacidade com a Telebras, que não é a primeira, trará eficiência aos investimentos da operadora em infraestrutura, acabando com a necessidade de replicar redes existentes. “Todo o compartilhamento volta em benefícios para o usuário final”, disse Rogério Takayanaga, diretor da operadora. 

* Com informações de Tele.Síntese e Etice