sexta-feira, 10 de junho de 2016
Casa de Cultura de Icó é reinaugurada com instalação da Casa do Patrimônio
No dia 10 de junho, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a Prefeitura Municipal de Icó (CE) celebram a conclusão das obras de restauro do Sobrado Mariinha Graça.
O sobrado integra o Conjunto Arquitetônico e Urbanístico da cidade e
será entregue à comunidade cearense após passar por restauração.
O projeto foi
desenvolvido dentro de uma política integrada de patrimônio e inclui a
reabilitação física da edificação, que contará com a instalação de
serviços públicos, entre eles o Escritório Técnico do Iphan, a Secretaria de Cultura e Turismo e a criação da Casa do Patrimônio de Icó. A ideia é fazer do sobrado um polo gerador de atividades culturais na cidade.
A obra revelou
inúmeros testemunhos em diversos momentos da história do prédio,
representando antigos modos de morar, como a cacimba, e de construir com
as alvenarias de tijolos cerâmicos, bem como a relação do sobrado com o
espaço urbano, destacando os três níveis de piso da casa e a numeração
da fachada principal.
Sobrado Mariinha da Graça
O Sobrado Mariinha Graça histórico do século XIX da época do auge do Ciclo do Couro e do Gado teria pertencido à família de Heráclito Graça, icoense que foi advogado, político e membro da Academia Brasileira de Letras, da Academia Cearense de Letras e do Instituto do Ceará.
O sobrado se destaca como símbolo dos bens culturais da cidade e reaviva os valores que levaram ao reconhecimento de Icó como patrimônio cultural do Brasil.
Programação Especial
A peça "Pela Ribeira dos Icós", produzido e dirigido pelo dramaturgo Acácio de Montes, abre a programação especial deste equipamento cultural, que inicia uma programação especial de reabertura e que continuará de forma permanente.
O espetáculo teatral será encenado nesta quinta-feira (09), a partir das 20h, com entrada gratuita, e contará a histórica lenda da não inauguração do Teatro Municipal da Ribeira dos Icós, o mais antigo teatro do estado do Ceará.
A peça "Pela Ribeira dos Icós", produzido e dirigido pelo dramaturgo Acácio de Montes, abre a programação especial deste equipamento cultural, que inicia uma programação especial de reabertura e que continuará de forma permanente.
O espetáculo teatral será encenado nesta quinta-feira (09), a partir das 20h, com entrada gratuita, e contará a histórica lenda da não inauguração do Teatro Municipal da Ribeira dos Icós, o mais antigo teatro do estado do Ceará.
"Pela Ribeira
dos Icós" é uma peça de ficção, sem pretensão de registro ou documento
Histórico. É uma livre adaptação da inusitada história que a oralidade
popular conta sobre a inauguração do Teatro da Ribeira que não
aconteceu, pela total ausência de seus ilustres convidados.
A peça integra a
Escola de Teatro da Ribeira dos Icós, e conta com elenco formado pelos
alunos da Turma de Teatro 2015. A Escola é mantida pelo Governo
Municipal de Icó, através da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo,
sob a direção do dramaturgo e diretor de Teatro, Acácio de Montes.
Serviço
Data: 10 de junho de 2016, a partir das 18h.
Local: Avenida Ilídio Sampaio,n° 2056, no sítio histórico de Icó (CE).
Anatel lança consulta pública sobre limite à banda larga fixa no país
A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) lançou consulta pública sobre adoção do sistema de franquias de dados para banda larga fixa pelas operadoras, após ter novamente demonstrado apoio ao pedido das empresas de telecomunicações em audiência pública conjunta na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (8).
As consultas públicas deverão durar por 60 dias e incluir "reuniões públicas com diversas entidades e especialistas, com o objetivo de reunir subsídios para futura deliberação do Conselho Diretor a respeito do assunto", disse a Anatel em comunicado.
O resultado das consultas públicas será encaminhado a um grupo executivo da Anatel, que analisará o impacto regulatório das medidas sobre o tema, informou o órgão.
Mais cedo, a superintendente de relações com consumidores da Anatel, Elisa Leonel, disse que o Marco Civil da Internet permite a cobrança dos dados em relação ao consumo do cliente, mas proíbe a interrupção dos serviços, o que permitiria o uso da franquia com a redução da velocidade ou cobrança adicional, segundo informações da Agência Câmara.
"A banda larga é um serviço prestado pelo regime privado e a liberdade do modelo de negócios é prevista na Lei Geral de Telecomunicações", disse Elisa. "As operadoras são obrigadas a continuar a fornecer o serviço, ou cobrando adicionalmente ou reduzindo a velocidade", afirmou ela, acrescentando que o sistema de franquia é adotado em diversos países.
O sistema de franquia de dados consiste em limitar os pacotes de dados dos consumidores, que precisariam pagar a mais ou teriam a velocidade reduzida caso ultrapassem o volume contratado, semelhante ao que acontece com celulares.
Em comunicado, a autarquia ressaltou que a proibição da adoção das franquias de banda larga fixa pelas operadoras, medida adotada em abril, antes do afastamento da presidente Dilma Rousseff, "continua em vigor, por prazo indeterminado".
O posicionamento da Anatel gerou protestos entre os parlamentares durante a sessão. Segundo a Agência Câmara, o deputado Paulão (PT-AL) teria classificado a entidade como "advogada das empresas".
Já o representante do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) na audiência, Rafael Augusto Zanatta, afirmou que estabelecer limites para tráfego de dados na internet fixa é o mesmo que criar planos de internet distintos, a dos pobres e a dos ricos, que podem pagar quando ultrapassarem a franquia.
Fonte: Reuters
As consultas públicas deverão durar por 60 dias e incluir "reuniões públicas com diversas entidades e especialistas, com o objetivo de reunir subsídios para futura deliberação do Conselho Diretor a respeito do assunto", disse a Anatel em comunicado.
O resultado das consultas públicas será encaminhado a um grupo executivo da Anatel, que analisará o impacto regulatório das medidas sobre o tema, informou o órgão.
Mais cedo, a superintendente de relações com consumidores da Anatel, Elisa Leonel, disse que o Marco Civil da Internet permite a cobrança dos dados em relação ao consumo do cliente, mas proíbe a interrupção dos serviços, o que permitiria o uso da franquia com a redução da velocidade ou cobrança adicional, segundo informações da Agência Câmara.
"A banda larga é um serviço prestado pelo regime privado e a liberdade do modelo de negócios é prevista na Lei Geral de Telecomunicações", disse Elisa. "As operadoras são obrigadas a continuar a fornecer o serviço, ou cobrando adicionalmente ou reduzindo a velocidade", afirmou ela, acrescentando que o sistema de franquia é adotado em diversos países.
O sistema de franquia de dados consiste em limitar os pacotes de dados dos consumidores, que precisariam pagar a mais ou teriam a velocidade reduzida caso ultrapassem o volume contratado, semelhante ao que acontece com celulares.
Em comunicado, a autarquia ressaltou que a proibição da adoção das franquias de banda larga fixa pelas operadoras, medida adotada em abril, antes do afastamento da presidente Dilma Rousseff, "continua em vigor, por prazo indeterminado".
O posicionamento da Anatel gerou protestos entre os parlamentares durante a sessão. Segundo a Agência Câmara, o deputado Paulão (PT-AL) teria classificado a entidade como "advogada das empresas".
Já o representante do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) na audiência, Rafael Augusto Zanatta, afirmou que estabelecer limites para tráfego de dados na internet fixa é o mesmo que criar planos de internet distintos, a dos pobres e a dos ricos, que podem pagar quando ultrapassarem a franquia.
Fonte: Reuters
Turismo espacial pode ser realidade em 2018 com passagens milionárias
Após alguns anos de incertezas, o turismo espacial está prestes a se tornar realidade. Diversas companhias estão em vias de iniciar suas operações para levar viajantes (ou astronautas amadores) ao espaço.
À frente da fila está a Virgin Galactic, do bilionário britânico Richard Branson. Depois de um acidente que atrapalhou os planos da companhia, em 2014, com a perda de sua primeira espaçonave e a morte de um piloto, a empresa espera iniciar as operações comerciais até 2018.
Em fevereiro, a Virgin apresentou sua nave redesenhada, a VSS Unity, que passa por testes. A empresa opera em Mojave, na Califórnia, e já vendeu cerca de 700 passagens antecipadas desde 2004.
Dessas, cerca de dez foram compradas por brasileiros. O primeiro da fila é Marcos Roberto Palhares. "O próprio Branson está ansioso para embarcar no primeiro voo", diz. Palhares é sócio do astronauta brasileiro Marcos Pontes em uma agência de turismo que comercializa passagens para esses voos por US$ 250 mil (R$ 868 mil).
As naves da Virgin são capazes de voos suborbitais, o que significa dizer que apenas chegam à fronteira do espaço, a 100 quilômetros de altitude, e depois retornam à Terra, sem entrar em órbita.
O percurso vai durar, em média, duas horas. Do alto, é possível ver a escuridão do espaço e a curvatura da Terra. Quando a nave atinge a altura máxima, os motores são desligados e o veículo entra em queda livre. Isso fornece a sensação de ausência de peso típica das missões espaciais, mas só durante três ou quatro minutos.
Com o mesmo perfil, mas usando foguete e cápsula em vez de veículos com asas, a empresa Blue Origin ameaça tomar a dianteira da empresa de Branson na reta final.
Financiada pelo magnata norte-americano Jeff Bezos, dono da Amazon, a Blue Origin já está testando seu sistema, batizado de New Shepard, e realizou três voos não tripulados com sucesso. O cronograma prevê o primeiro voo com piloto em 2017 –e viagens de turismo em 2018.
RUMO À ÓRBITA
A Blue Origin faz seus voos no Texas, bem longe do centro espacial norte-americano, o Cabo Canaveral e o Kennedy Space Center, que ficam na Flórida, a menos de uma hora de Orlando, e de onde partem a maior parte das naves rumo ao espaço.
Perto de lá só a SpaceX, que planeja viagens à órbita terrestre e até além dela. A empresa já tem contrato com a Nasa para transportar astronautas até a Estação Espacial Internacional já a partir do ano que vem.
Embora esse apoio ajude a SpaceX a garantir sistemas mais robustos para a empreitada, essas viagens são muito mais caras do que os planos de suas concorrentes –um voo orbital exige 30 vezes mais energia que um suborbital. Dificilmente a passagem sairá por menos de dezenas de milhões de dólares.
Contudo, a empresa já mostrou que tem potencial para usar o foguete Falcon Heavy e sua cápsula tripulada Dragon para enviar turistas ao redor da Lua –a um preço que só magnatas conseguirão pagar.
Mas esses lançamentos vão realmente acontecer? Uma coisa é enviar pilotos militares escalados pela Nasa, outra é lançar turistas civis.
"As companhias têm a tecnologia, mas talvez parem na burocracia", afirma Lucas Fonseca, engenheiro brasileiro que participou da missão que pousou o módulo Philae num cometa em 2014 –um dos maiores feitos científicos daquele ano.
Fonte: Folha de S. Paulo
À frente da fila está a Virgin Galactic, do bilionário britânico Richard Branson. Depois de um acidente que atrapalhou os planos da companhia, em 2014, com a perda de sua primeira espaçonave e a morte de um piloto, a empresa espera iniciar as operações comerciais até 2018.
Em fevereiro, a Virgin apresentou sua nave redesenhada, a VSS Unity, que passa por testes. A empresa opera em Mojave, na Califórnia, e já vendeu cerca de 700 passagens antecipadas desde 2004.
Dessas, cerca de dez foram compradas por brasileiros. O primeiro da fila é Marcos Roberto Palhares. "O próprio Branson está ansioso para embarcar no primeiro voo", diz. Palhares é sócio do astronauta brasileiro Marcos Pontes em uma agência de turismo que comercializa passagens para esses voos por US$ 250 mil (R$ 868 mil).
As naves da Virgin são capazes de voos suborbitais, o que significa dizer que apenas chegam à fronteira do espaço, a 100 quilômetros de altitude, e depois retornam à Terra, sem entrar em órbita.
O percurso vai durar, em média, duas horas. Do alto, é possível ver a escuridão do espaço e a curvatura da Terra. Quando a nave atinge a altura máxima, os motores são desligados e o veículo entra em queda livre. Isso fornece a sensação de ausência de peso típica das missões espaciais, mas só durante três ou quatro minutos.
Com o mesmo perfil, mas usando foguete e cápsula em vez de veículos com asas, a empresa Blue Origin ameaça tomar a dianteira da empresa de Branson na reta final.
Financiada pelo magnata norte-americano Jeff Bezos, dono da Amazon, a Blue Origin já está testando seu sistema, batizado de New Shepard, e realizou três voos não tripulados com sucesso. O cronograma prevê o primeiro voo com piloto em 2017 –e viagens de turismo em 2018.
RUMO À ÓRBITA
A Blue Origin faz seus voos no Texas, bem longe do centro espacial norte-americano, o Cabo Canaveral e o Kennedy Space Center, que ficam na Flórida, a menos de uma hora de Orlando, e de onde partem a maior parte das naves rumo ao espaço.
Perto de lá só a SpaceX, que planeja viagens à órbita terrestre e até além dela. A empresa já tem contrato com a Nasa para transportar astronautas até a Estação Espacial Internacional já a partir do ano que vem.
Embora esse apoio ajude a SpaceX a garantir sistemas mais robustos para a empreitada, essas viagens são muito mais caras do que os planos de suas concorrentes –um voo orbital exige 30 vezes mais energia que um suborbital. Dificilmente a passagem sairá por menos de dezenas de milhões de dólares.
Contudo, a empresa já mostrou que tem potencial para usar o foguete Falcon Heavy e sua cápsula tripulada Dragon para enviar turistas ao redor da Lua –a um preço que só magnatas conseguirão pagar.
Mas esses lançamentos vão realmente acontecer? Uma coisa é enviar pilotos militares escalados pela Nasa, outra é lançar turistas civis.
"As companhias têm a tecnologia, mas talvez parem na burocracia", afirma Lucas Fonseca, engenheiro brasileiro que participou da missão que pousou o módulo Philae num cometa em 2014 –um dos maiores feitos científicos daquele ano.
Fonte: Folha de S. Paulo
Produtores de energia se livram e só consumidor terá de pagar por termoelétricas
Depois de uma disputa judicial que já durava três anos, cerca de 250 produtores de energia elétrica conseguiram se livrar do pagamento de uma taxa cobrada para financiar o uso das termoelétricas. O Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1) deu razão a associações de geradores que questionavam a obrigação de pagar por essas usinas.
Para a Justiça, apenas os consumidores finais devem pagar essa conta, que atingiu R$ 16,5 bilhões de 2013 até fevereiro deste ano, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A origem do problema está numa resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), órgão que assessora a Presidência da República. Logo depois que o governo editou a Medida Provisória 579/2012, que reduziu a conta de luz em 20%, o País passou por uma estiagem que consumia os reservatórios das hidrelétricas.
Para manter a segurança do abastecimento, o governo decidiu acionar todo o parque de termoelétricas, embora o sistema usado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) não indicasse essa necessidade. Nesse cenário, as térmicas funcionam "fora da ordem de mérito", o que gera uma taxa chamada de Encargos de Serviço do Sistema (ESS), cobrada na conta de luz.
Como as termoelétricas a diesel e óleo combustível custam muito caro, haveria um aumento quase que imediato nas tarifas. Na tentativa de evitar que a redução das contas fosse comprometida, o governo editou a resolução que rateava a despesa entre todos os agentes do setor elétrico, inclusive geradores, comercializadores e as próprias térmicas.
A decisão despertou a fúria das empresas, que compararam a resolução a um jantar em que a conta é dividida com o garçom, o maître e o gerente do restaurante. Nos cálculos do advogado Guilherme Silveira Coelho, do escritório de advocacia Sergio Bermudes, mais de 200 ações questionaram a resolução na Justiça. Todos obtiveram liminares que livraram os agentes do encargo, e a despesa continuou a ser paga integralmente pelos consumidores.
Na terça-feira, a Sétima Turma do TRF-1 decidiu, por três votos a zero, dar ganho de causa à Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine) e à Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa (Abragel), excluindo definitivamente cerca de 250 companhias da cobrança.
Entre as empresas beneficiadas estão Tractebel, CPFL, Cesp, Cemig, Copel e AES, além de pequenas centrais hidrelétricas, eólicas e usinas a biomassa. A ação das entidades foi a primeira a obter liminar em 2013. O governo ainda pode recorrer a instâncias superiores, mas a chance de reverter a decisão é pequena.
Para Coelho, a discussão envolvia a segurança jurídica dos investimentos. "O julgamento de mérito de tema tão sensível, agora em segunda instância, dá maior confiança aos investimentos em infraestrutura, ainda mais no momento econômico pelo qual o País passa", disse.
O ex-diretor da Aneel, Edvaldo Alves de Santana, afirmou que a resolução foi um exemplo do excesso de intervenções do governo no setor elétrico. "A Aneel nem sequer foi consultada sobre o assunto, e depois dessa resolução foi uma intervenção atrás da outra", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Estadão Conteúdo
Para a Justiça, apenas os consumidores finais devem pagar essa conta, que atingiu R$ 16,5 bilhões de 2013 até fevereiro deste ano, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A origem do problema está numa resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), órgão que assessora a Presidência da República. Logo depois que o governo editou a Medida Provisória 579/2012, que reduziu a conta de luz em 20%, o País passou por uma estiagem que consumia os reservatórios das hidrelétricas.
Para manter a segurança do abastecimento, o governo decidiu acionar todo o parque de termoelétricas, embora o sistema usado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) não indicasse essa necessidade. Nesse cenário, as térmicas funcionam "fora da ordem de mérito", o que gera uma taxa chamada de Encargos de Serviço do Sistema (ESS), cobrada na conta de luz.
Como as termoelétricas a diesel e óleo combustível custam muito caro, haveria um aumento quase que imediato nas tarifas. Na tentativa de evitar que a redução das contas fosse comprometida, o governo editou a resolução que rateava a despesa entre todos os agentes do setor elétrico, inclusive geradores, comercializadores e as próprias térmicas.
A decisão despertou a fúria das empresas, que compararam a resolução a um jantar em que a conta é dividida com o garçom, o maître e o gerente do restaurante. Nos cálculos do advogado Guilherme Silveira Coelho, do escritório de advocacia Sergio Bermudes, mais de 200 ações questionaram a resolução na Justiça. Todos obtiveram liminares que livraram os agentes do encargo, e a despesa continuou a ser paga integralmente pelos consumidores.
Na terça-feira, a Sétima Turma do TRF-1 decidiu, por três votos a zero, dar ganho de causa à Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine) e à Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa (Abragel), excluindo definitivamente cerca de 250 companhias da cobrança.
Entre as empresas beneficiadas estão Tractebel, CPFL, Cesp, Cemig, Copel e AES, além de pequenas centrais hidrelétricas, eólicas e usinas a biomassa. A ação das entidades foi a primeira a obter liminar em 2013. O governo ainda pode recorrer a instâncias superiores, mas a chance de reverter a decisão é pequena.
Para Coelho, a discussão envolvia a segurança jurídica dos investimentos. "O julgamento de mérito de tema tão sensível, agora em segunda instância, dá maior confiança aos investimentos em infraestrutura, ainda mais no momento econômico pelo qual o País passa", disse.
O ex-diretor da Aneel, Edvaldo Alves de Santana, afirmou que a resolução foi um exemplo do excesso de intervenções do governo no setor elétrico. "A Aneel nem sequer foi consultada sobre o assunto, e depois dessa resolução foi uma intervenção atrás da outra", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Estadão Conteúdo
Mesário consegue alterar dados de urnas eletrônicas
O especialista em falhas em urnas eletrônicas Diego Aranha fez uma revelação sobre equipamentos. Ele disse que o próprio mesário pode alterar facilmente os resultados de uma urna eletrônica durante as eleições.
"Durante os testes de 2016, ficou demonstrado que uma vulnerabilidade no software permite a um mesário malicioso fraudar os resultados coletados no Boletim de Urna enviado para transmissão após provocar uma contingência", explicou, conforme publicado no site Bahia Notícias.
Traduzindo, o mesário pode sumular uma defeito na máquina para conseguir acionar o Sistema de Apuração, permitindo assim a digitação manual dos dados do Boletim de Urna. A fraude aconteceria nesse momento, já que o sistema não verifica a adulteração dos dados.
"Minha equipe conseguiu recuperar a lista ordenada dos votos em eleições simuladas com até 475 eleitores a partir unicamente de informação pública, com impacto potencial até em eleições passadas. De posse da lista ordenada de eleitores, é possível determinar com certeza matemática as escolhas de cada eleitor. Essa vulnerabilidade permite ainda determinar com exatidão a escolha de alguns eleitores ilustres que votaram em instantes de tempo específico", disse o especialista Aranha.
"Todas as urnas eletrônicas do país compartilham segredo que protege os seus dados mais críticos e esta chave está ainda disponível na porção desprotegida dos cartões de memória", destaca outra fragilidade.
O Brasil utiliza o sistema eletrônico de votação desde 1996.
Notícias ao Minuto
"Durante os testes de 2016, ficou demonstrado que uma vulnerabilidade no software permite a um mesário malicioso fraudar os resultados coletados no Boletim de Urna enviado para transmissão após provocar uma contingência", explicou, conforme publicado no site Bahia Notícias.
Traduzindo, o mesário pode sumular uma defeito na máquina para conseguir acionar o Sistema de Apuração, permitindo assim a digitação manual dos dados do Boletim de Urna. A fraude aconteceria nesse momento, já que o sistema não verifica a adulteração dos dados.
"Minha equipe conseguiu recuperar a lista ordenada dos votos em eleições simuladas com até 475 eleitores a partir unicamente de informação pública, com impacto potencial até em eleições passadas. De posse da lista ordenada de eleitores, é possível determinar com certeza matemática as escolhas de cada eleitor. Essa vulnerabilidade permite ainda determinar com exatidão a escolha de alguns eleitores ilustres que votaram em instantes de tempo específico", disse o especialista Aranha.
"Todas as urnas eletrônicas do país compartilham segredo que protege os seus dados mais críticos e esta chave está ainda disponível na porção desprotegida dos cartões de memória", destaca outra fragilidade.
O Brasil utiliza o sistema eletrônico de votação desde 1996.
Notícias ao Minuto
Queda no volume mata peixes do Castanhão
Há quase um ano morreram 3 mil toneladas de peixe no Açude Castanhão. Um novo episódio desta vez dizimou a produção da tilápia no reservatório. Mortandades vêm sendo registradas desde o fim de maio e hoje atinge quase 100% dos criadores. O baixo volume do reservatório, a má qualidade da água e manobras de abertura e fechamento de válvulas são, segundo os piscicultores, fatores que inviabilizam a continuidade da atividade.
"Peixe agora só quando o açude tiver uma recarga". É essa a única certeza dos piscicultores que atuam na criação de tanques-rede no Castanhão. A constatação é do presidente da Associação dos Criadores de Tilápia do Açude Castanhão (Acritica), Edivando Feitosa, que ainda contabiliza os prejuízos da mortandade. O momento tem sido de buscar ajuda e reunir força de trabalho para a retirada do peixe já em decomposição de dentro d´água. Se isso não for feito o mais rápido possível, os criadores poderão ser penalizados por crime ambiental.
Somente 128 criadores tiveram condições de retornar à atividade depois da mortandade do ano passado. Na época, os piscicultores declararam perdas estimadas em mais de R$ 20 milhões. Para ajudar os piscicultores, foi montada uma força-tarefa, juntamente com Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), Secretaria de Agricultura, Pesca e Aquicultura do Ceará (Seapa) e prefeituras de Jaguaribara, Alto Santo, Jaguaretama e Jaguaribe, para retirada dos peixes do açude.
O governo do Estado também aprovou, em dezembro, a disponibilidade de recursos no valor de R$ 4 milhões, na forma de alevinos, ração e gaiolas, para aqueles que tinham outorga pudessem retomar a atividade. Porém, poucos conseguiram salvar alguma produção antes desse recente acontecimento.
Com a constante diminuição do espelho d´água, em decorrência da pouca chuva e do alto consumo, alguns empresários vinham retirando gaiolas e migrando para outros açudes, já prevendo a inviabilidade da criação no Castanhão. Segundo afirma o produtor e engenheiro de pesca Daniel Ricarte, atualmente os açudes Orós e Castanhão se tornaram inviáveis para esse tipo de atividade, devido ao volume desses reservatórios estar em nível crítico, bem como pela má qualidade da água. "É um risco muito grande para o produtor. O problema não é só da falta de chuvas, mas também da má gestão dessa água", enfatiza.
Dívidas
No ano passado, a mortandade não atingiu o espelho d´água onde Daniel mantinha suas gaiolas e este ano, antes do mês de março, ele conta que optou por retirar seu material do açude e voltar para região de Caucaia, onde mantém a criação de tilápia em viveiros. Entretanto, quem sobrevive da piscicultura, como moradores do entorno, amargam os prejuízos e a falta de perspectiva, além de acumularem dívidas junto aos bancos.
O presidente da Associação de Piscicultores do Açude Castanhão (Apac), Vicente Caetano, conta que 28 dos 32 piscicultores de Alto Santo, retomaram a atividade e que as perdas foram totais. "Estamos buscando ajuda para retirar o peixe, mas está difícil. Nossa preocupação tem sido essa", conta.
Apenas em Jaguaribara a atividade envolvia cerca de 1.500 empregos diretos e indiretos e era a principal atividade econômica. Agora, os impactos na renda da população geram apreensão. Até o fechamento desta edição a reportagem não obteve retorno da Cogerh e da Seapa sobre o caso.
Fonte: Diário do Nordeste
"Peixe agora só quando o açude tiver uma recarga". É essa a única certeza dos piscicultores que atuam na criação de tanques-rede no Castanhão. A constatação é do presidente da Associação dos Criadores de Tilápia do Açude Castanhão (Acritica), Edivando Feitosa, que ainda contabiliza os prejuízos da mortandade. O momento tem sido de buscar ajuda e reunir força de trabalho para a retirada do peixe já em decomposição de dentro d´água. Se isso não for feito o mais rápido possível, os criadores poderão ser penalizados por crime ambiental.
Somente 128 criadores tiveram condições de retornar à atividade depois da mortandade do ano passado. Na época, os piscicultores declararam perdas estimadas em mais de R$ 20 milhões. Para ajudar os piscicultores, foi montada uma força-tarefa, juntamente com Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), Secretaria de Agricultura, Pesca e Aquicultura do Ceará (Seapa) e prefeituras de Jaguaribara, Alto Santo, Jaguaretama e Jaguaribe, para retirada dos peixes do açude.
O governo do Estado também aprovou, em dezembro, a disponibilidade de recursos no valor de R$ 4 milhões, na forma de alevinos, ração e gaiolas, para aqueles que tinham outorga pudessem retomar a atividade. Porém, poucos conseguiram salvar alguma produção antes desse recente acontecimento.
Com a constante diminuição do espelho d´água, em decorrência da pouca chuva e do alto consumo, alguns empresários vinham retirando gaiolas e migrando para outros açudes, já prevendo a inviabilidade da criação no Castanhão. Segundo afirma o produtor e engenheiro de pesca Daniel Ricarte, atualmente os açudes Orós e Castanhão se tornaram inviáveis para esse tipo de atividade, devido ao volume desses reservatórios estar em nível crítico, bem como pela má qualidade da água. "É um risco muito grande para o produtor. O problema não é só da falta de chuvas, mas também da má gestão dessa água", enfatiza.
Dívidas
No ano passado, a mortandade não atingiu o espelho d´água onde Daniel mantinha suas gaiolas e este ano, antes do mês de março, ele conta que optou por retirar seu material do açude e voltar para região de Caucaia, onde mantém a criação de tilápia em viveiros. Entretanto, quem sobrevive da piscicultura, como moradores do entorno, amargam os prejuízos e a falta de perspectiva, além de acumularem dívidas junto aos bancos.
O presidente da Associação de Piscicultores do Açude Castanhão (Apac), Vicente Caetano, conta que 28 dos 32 piscicultores de Alto Santo, retomaram a atividade e que as perdas foram totais. "Estamos buscando ajuda para retirar o peixe, mas está difícil. Nossa preocupação tem sido essa", conta.
Apenas em Jaguaribara a atividade envolvia cerca de 1.500 empregos diretos e indiretos e era a principal atividade econômica. Agora, os impactos na renda da população geram apreensão. Até o fechamento desta edição a reportagem não obteve retorno da Cogerh e da Seapa sobre o caso.
Fonte: Diário do Nordeste
Cientistas descobrem método para armazenar CO² e evitar efeito estufa
Pela primeira vez, cientistas conseguiram injetar com sucesso dióxido de carbono (CO2) no solo de basalto vulcânico e solidificá-lo, oferecendo uma solução promissora para o armazenamento deste gás de efeito estufa vinculado ao aquecimento global, segundo um estudo publicado na quinta-feira na revista norte-americana Science.
Os cientistas conseguiram bombear emissões de carbono para dentro da terra e transformar o gás em sólido para armazenamento em alguns meses - radicalmente mais rápido do que as previsões anteriores, que sugeriram que o processo poderia demorar centenas ou inclusive milhares de anos para ser concluído.
O estudo é parte do projeto-piloto Carbfix lançado em 2012 na usina geotérmica de Hellisheidi, na Islândia.
Cientistas e engenheiros experimentaram combinar o CO2 e outros gases com água e canalizar a mistura para o subsolo.
O objetivo era desenvolver um método seguro para armazenar CO2, evitando que o gás escapasse para a atmosfera e contribuísse para o aquecimento global.
A usina de Hellisheidi, a maior instalação geotérmica do mundo, que fornece energia para a capital, Reykjavik, bombeia água vulcânica aquecida com energia geotérmica subterrânea para fazer as turbinas funcionarem.
O processo produz 40.000 toneladas de CO2 por ano. Embora corresponda a apenas 5% das emissões de uma usina a carvão do mesmo tamanho, a quantidade é significativa.
Por anos, pesquisadores sugeriram métodos de captura e armazenamento de gás carbônico como esse, mas houve dificuldades para desenvolver a tecnologia necessária.
Na natureza, o basalto em contato com o CO2 e a água produz uma reação química que resulta em um mineral calcário branco. Os cientistas não sabiam, no entanto, quanto tempo esta reação levaria. Estudos anteriores estimaram que a solidificação poderia demorar milênios.
O aproveitamento do basalto subterrâneo de Hellisheidi se revelou ótimo, com 95% do CO2 injetado solidificado em menos de dois anos.
"Isso significa que podemos bombear para o subsolo grandes quantidades de CO2 e armazená-lo de uma maneira muito segura em um curto período de tempo", disse o coautor do estudo Martin Stute, hidrologista no Observatório da Terra da Universidade de Columbia.
O basalto compõe a maior parte do relevo oceânico do mundo e cerca de 10% das rochas continentais, segundo os pesquisadores do estudo.
Um relatório de 2014 do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas alertou que se não dominássemos a tecnologia de captura e armazenamento de gás carbônico, poderia ser impossível limitar adequadamente o aquecimento global.
A maioria dos experimentos anteriores não foram bem-sucedidos porque injetaram CO2 puro em arenito (rocha sedimentar) ou aquíferos salinos, em vez de misturar o gás com água e armazená-lo no basalto.
O basalto, uma rocha porosa, é rico em cálcio, ferro e magnésio, minerais que são necessários para solidificar o carbono para o armazenamento, de acordo com os pesquisadores.
Fonte: AFP
Os cientistas conseguiram bombear emissões de carbono para dentro da terra e transformar o gás em sólido para armazenamento em alguns meses - radicalmente mais rápido do que as previsões anteriores, que sugeriram que o processo poderia demorar centenas ou inclusive milhares de anos para ser concluído.
O estudo é parte do projeto-piloto Carbfix lançado em 2012 na usina geotérmica de Hellisheidi, na Islândia.
Cientistas e engenheiros experimentaram combinar o CO2 e outros gases com água e canalizar a mistura para o subsolo.
O objetivo era desenvolver um método seguro para armazenar CO2, evitando que o gás escapasse para a atmosfera e contribuísse para o aquecimento global.
A usina de Hellisheidi, a maior instalação geotérmica do mundo, que fornece energia para a capital, Reykjavik, bombeia água vulcânica aquecida com energia geotérmica subterrânea para fazer as turbinas funcionarem.
O processo produz 40.000 toneladas de CO2 por ano. Embora corresponda a apenas 5% das emissões de uma usina a carvão do mesmo tamanho, a quantidade é significativa.
Por anos, pesquisadores sugeriram métodos de captura e armazenamento de gás carbônico como esse, mas houve dificuldades para desenvolver a tecnologia necessária.
Na natureza, o basalto em contato com o CO2 e a água produz uma reação química que resulta em um mineral calcário branco. Os cientistas não sabiam, no entanto, quanto tempo esta reação levaria. Estudos anteriores estimaram que a solidificação poderia demorar milênios.
O aproveitamento do basalto subterrâneo de Hellisheidi se revelou ótimo, com 95% do CO2 injetado solidificado em menos de dois anos.
"Isso significa que podemos bombear para o subsolo grandes quantidades de CO2 e armazená-lo de uma maneira muito segura em um curto período de tempo", disse o coautor do estudo Martin Stute, hidrologista no Observatório da Terra da Universidade de Columbia.
O basalto compõe a maior parte do relevo oceânico do mundo e cerca de 10% das rochas continentais, segundo os pesquisadores do estudo.
Um relatório de 2014 do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas alertou que se não dominássemos a tecnologia de captura e armazenamento de gás carbônico, poderia ser impossível limitar adequadamente o aquecimento global.
A maioria dos experimentos anteriores não foram bem-sucedidos porque injetaram CO2 puro em arenito (rocha sedimentar) ou aquíferos salinos, em vez de misturar o gás com água e armazená-lo no basalto.
O basalto, uma rocha porosa, é rico em cálcio, ferro e magnésio, minerais que são necessários para solidificar o carbono para o armazenamento, de acordo com os pesquisadores.
Fonte: AFP
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