A parceria entre o Banco do
Brasil e os Correios pode estar com os dias contados. As duas empresas são
sócias na prestação de serviços bancários, desde maio de 2011, quando o Banco
venceu o leilão oferecendo um lance de R$ 2,3 bilhões de reais. No ano seguinte
o BB começou a operar em mais de 6 mil agências dos correios, oferecendo o
serviço do Banco Postal. Desde então, o banco teve que investir mais de R$ 1
bilhão para pagar as transações efetuadas nos Correios. O contrato tinha
validade de cinco anos, podendo ser renovado por mais cinco, e vence em
dezembro deste ano. No momento, o Banco do Brasil possui 3.223 agências
próprias, mas, em 2.035 municípios brasileiros, só se faz presente por causa do
Banco Postal.
A grande discordância entre os sócios é em relação ao objetivo e valor do negócio. Os Correios tiveram seu melhor resultado financeiro exatamente no ano de 2012, quando o negócio com o banco foi fechado, mas, os últimos três anos, não têm sido tão bons assim e a estatal fechou o ano de 2015 com um rombo de R$ 2,1 bilhões. Visto a situação financeira que os Correios vêm enfrentando, para eles, a renovação de contrato com BB é uma ótima oportunidade de ter dinheiro investido na empresa.
Já, para o Banco do Brasil, de acordo com uma fonte a par das negociações, o negócio já não é tão vantajoso como era quando ganhou a disputa para utilizar a rede física dos Correios. Para o BB, a parceria deve passar por adaptações, tendo em vista a grande mudança ocorrida no comportamento dos clientes e o cenário econômico atual adverso. No passado, fazia muito sentido transformar as agências dos correios em instituições financeiras, mas, hoje em dia, com o advento das transações digitais e remotas, os clientes quase não vão mais às agências, fazendo com que esse serviço não seja tão proveitoso. Hoje, as agências bancárias prestam mais um serviço de assessoria e negócios.
De acordo com o Banco Central, 1.987 cidades brasileiras não possuem agências bancárias, mas, em 1.633 delas, existem pontos de atendimento como o dos Correios, que oferecem os serviços bancários mais básicos, como abertura de contas, saques, transferências e recebimento de INSS.
Segundo o presidente dos Correios, Guilherme Campos, as negociações para renovação do contrato estão em pauta desde maio de 2015, mas ficou para depois porque as empresas estavam em período de mudanças de seus presidentes. Agora que foi formalizado o seu cargo e o de Paulo Caffarelli, presidente do Banco do Brasil, as negociações serão retomadas. Guilherme afirmou, também, que a atuação da estatal como correspondente bancário acaba elevando o custo da mesma, visto o grande investimento que é necessário fazer em segurança, além das questões trabalhistas, já que os funcionários que prestam o serviço postal querem uma equiparação salarial e jornada de trabalho igual a dos bancários. Para ele, esse custo deve estar embutido na negociação.
Se o BB não tiver interesse em renovar o contrato, os Correios terão de leiloar novamente a prestação do serviço neste ano, mas, de acordo com a avaliação dos maiores bancos do país, a atratividade deste canal diminuiu muito, mesmo a estatal estando presente em 95% das cidades brasileiras, isso devido à dificuldade de tornar a rede física rentável e o avanço dos canais digitais.
Fonte: Blasting News
A grande discordância entre os sócios é em relação ao objetivo e valor do negócio. Os Correios tiveram seu melhor resultado financeiro exatamente no ano de 2012, quando o negócio com o banco foi fechado, mas, os últimos três anos, não têm sido tão bons assim e a estatal fechou o ano de 2015 com um rombo de R$ 2,1 bilhões. Visto a situação financeira que os Correios vêm enfrentando, para eles, a renovação de contrato com BB é uma ótima oportunidade de ter dinheiro investido na empresa.
Já, para o Banco do Brasil, de acordo com uma fonte a par das negociações, o negócio já não é tão vantajoso como era quando ganhou a disputa para utilizar a rede física dos Correios. Para o BB, a parceria deve passar por adaptações, tendo em vista a grande mudança ocorrida no comportamento dos clientes e o cenário econômico atual adverso. No passado, fazia muito sentido transformar as agências dos correios em instituições financeiras, mas, hoje em dia, com o advento das transações digitais e remotas, os clientes quase não vão mais às agências, fazendo com que esse serviço não seja tão proveitoso. Hoje, as agências bancárias prestam mais um serviço de assessoria e negócios.
De acordo com o Banco Central, 1.987 cidades brasileiras não possuem agências bancárias, mas, em 1.633 delas, existem pontos de atendimento como o dos Correios, que oferecem os serviços bancários mais básicos, como abertura de contas, saques, transferências e recebimento de INSS.
Segundo o presidente dos Correios, Guilherme Campos, as negociações para renovação do contrato estão em pauta desde maio de 2015, mas ficou para depois porque as empresas estavam em período de mudanças de seus presidentes. Agora que foi formalizado o seu cargo e o de Paulo Caffarelli, presidente do Banco do Brasil, as negociações serão retomadas. Guilherme afirmou, também, que a atuação da estatal como correspondente bancário acaba elevando o custo da mesma, visto o grande investimento que é necessário fazer em segurança, além das questões trabalhistas, já que os funcionários que prestam o serviço postal querem uma equiparação salarial e jornada de trabalho igual a dos bancários. Para ele, esse custo deve estar embutido na negociação.
Se o BB não tiver interesse em renovar o contrato, os Correios terão de leiloar novamente a prestação do serviço neste ano, mas, de acordo com a avaliação dos maiores bancos do país, a atratividade deste canal diminuiu muito, mesmo a estatal estando presente em 95% das cidades brasileiras, isso devido à dificuldade de tornar a rede física rentável e o avanço dos canais digitais.
Fonte: Blasting News