quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Em 3 anos, seca severa no Nordeste causa prejuízo de R$ 103,5 bilhões



A seca severa que atinge o Nordeste causou um prejuízo de R$ 103,5 bilhões entre os anos de 2013 e 2015. O levantamento foi feito pela CNM (Confederação Nacional dos Municípios), que usou os dados do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres --criado em dezembro de 2012 e coordenado pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil.

Graças ao sistema, pela primeira vez foi possível mensurar os danos materiais causados pelos eventos naturais no país. A seca atinge o semiárido brasileiro desde 2012, com 33,4 milhões de pessoas afetadas.

O levantamento aponta que todos os desastres naturais do país, entre 2013 e 2015, causaram prejuízo de R$ 173,5 bilhões. Ou seja, 60% do prejuízo no Brasil com todos os eventos extremos se concentraram pela falta de chuva no Nordeste.

Se somados aos prejuízos de outros Estados, o prejuízo com a seca foi de R$ 151 bilhões. Parte desse prejuízo fora do Nordeste se concentrou no Sudeste nos anos de 2013 e 2014, quando houve a crise hídrica. Nesses dois anos, o prejuízo na região chegou a R$ 32,5 bilhões.

Seca permanente

O prejuízo da seca calculado no Nordeste nesses três anos é equivalente à soma do PIB (Produto Interno Bruto) de 2013 --dados mais recentes do IBGE-- dos Estados de Alagoas, Piauí e Sergipe. Somadas, as riquezas desses Estados naquele ano chegaram a R$ 103 bilhões, sem correção da inflação. Na prática, é como se a economia regional perdesse a riqueza de um desses Estados por ano.

"Esperávamos um valor muito menor. Em um ano compilado, em 2013, por exemplo, o governo federal falou que a seca deu prejuízo de R$ 18 bilhões aos cofres públicos. Mas, quando você vai ver os municípios, que realmente estão conectados com essa realidade, o número é bem maior", afirma um dos responsáveis pelo levantamento, o técnico de Defesa Civil da CNM Johnny Amorim.

Segundo ele, com o sistema criado pelo governo federal, foi possível chegar ao prejuízo material dos eventos. "Antigamente, os governos federal e estaduais tinham muita dificuldade em realizar esses levantamentos. Geralmente, as informações ficavam espalhadas por toda administração pública, em diversos órgãos. Sem essa avaliação, não há como fazer um plano de contingência. A seca, diferentemente da chuva, exige o convívio, é algo permanente."

Quem mais perdeu dinheiro

O estudo detalha os prejuízos da seca por área. O setor mais abalado foi a agricultura, no qual a perda de safra causou um prejuízo no Nordeste de R$ 74,5 bilhões. Na pecuária, foram R$ 20,4 bilhões de prejuízo com a morte e perda de valor dos animais. Já os demais prejuízos são da indústria e do poder público.

"Houve grande frustração de safra em todas as áreas do semiárido, perdeu-se grande parte do rebanho, especialmente de bovinos, não só por morte como também animais que foram vendidos por preços muito baixos para outras regiões. Houve grande perda das pastagens, uso predatório de plantas da caatinga para alimentação animal, morte inclusive de muitas espécies nativas (em determinadas áreas, essas mortes chegaram a 30% a 40% das plantas)", diz o estudo.

Para os técnicos, a seca desta década tem uma característica diferente de outras do passado. "O que houve de diferente para as demais secas históricas de proporções semelhantes é que nesta não se observou o êxodo em massa da população de determinadas áreas ou mesmo os saques em feiras e mercados. Também não houve morte de pessoas por fome e sede. Ainda que não seja uma solução definitiva para o problema, isso se deve em grande parte às políticas de complementação de renda ora em curso no país", destaca o documento, se referindo a programas assistenciais como o Bolsa Família.

Entre dezembro de 2012 e dezembro de 2015, por exemplo, foram 7.371 decretações de emergência ou calamidade pública em decorrência da seca, sendo 6.295 no Nordeste.

"É importante salientar que tanto a União como Estados e municípios jamais conseguiram suprir financeiramente tais prejuízos, uma vez que, de janeiro a setembro de 2015, a seca causou um prejuízo aos cofres públicos municipais nordestinos de R$ 16,4 bilhões."

Para o técnico Johnny Amorim, o desafio das autoridades agora é tentar achar meios de calcular o prejuízo social. "Você sabe que não se morre mais de fome e de sede, mas os problemas de saúde gerados pela falta de água ou pela água de qualidade são desconhecidos. Os governos não têm meios de fazer um levantamento até que ponto vão os prejuízos à população, como um garoto desnutrido ou que tem alguma falta de vitamina pelo consumo de água imprópria ou em escassez", afirma o especialista da CNM.

Produtores sentem

No Nordeste, não há produtor que não tenha sentido o impacto da seca. "São cinco anos de muito pouca água. Tem gente fazendo poço, comprando carro-pipa; tem gente que ainda tem uma palma ou um capim seco para dar ao gado, quem não tem e não pode comprar vende para não ver o bicho morrer de fome", conta Márcio Oliveira da Silva, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alcantil, no sertão paraibano (a 197 km de João Pessoa).

Segundo ele, o ano de 2016 não foi diferente e chegou a ser pior que em 2015. "A chuva neste ano foi pouca demais. Tivemos quatro, cinco chuvadas só. Plantei três vezes milho e feijão, mas foi perdido."

No sertão de Alagoas, a situação não é diferente. "Há dois anos que não consigo fazem silo para os animais. As barragens todas daqui secaram, e os animais tomam água suja de poços que estão ficando podres", conta o pequeno criador e produtor Isaac Pita.

Segundo um relatório do Banco Mundial divulgado na semana passada, os desastres naturais geram um prejuízo superior a US$ 300 bilhões no mundo e colocam 26 milhões de pessoas na pobreza. O documento traça os impactos humanos e econômicos dos fenômenos meteorológicos extremos sobre a pobreza. Assim como a análise da CNM, o Banco Mundial afirmou que os prejuízos calculados são mais devastadores do que se pensava.

Fonte: UOL

Falso Google descoberto por analistas pode danificar computadores



A empresa Analytics Edge descobriu que o domínio “ɢoogle.com”, escrito com a letra "ɢ" na fonte Latin Letter Small Capital, não é o site da famosa ferramenta de buscas, mas sim um spam que usa um caractere especial para se passar por ele.

O pequeno G é uma parte de caracteres especiais que também pode ser usada em links com símbolos diferentes.

Ao inserir ɢoogle.com no browser, o site correspondente, na verdade, é xn--oogle-wmc.com, que redireciona para outro endereço.

Segundo a Forbes Brasil, o time de analistas da empresa suspeitou quando um dos domínios do Google Analytics possuía spam que dizia para as pessoas votarem em Donald Trump. Eles acessaram e automaticamente identificaram-no como spam. O problema é que o detalhe é tão pequeno que qualquer usuário pode cair na armadilha.

Por sorte, aparentemente, o ɢoogle.com parece ser usado apenas para enviar spams sobre Trump, mas os links podem levar a websites de risco e malwares, por isso é importante checar.

noticiasaominuto

Emplacamento e transferência de veículos no Ceará podem ser feitos pela internet



Os proprietários interessados em realizar o primeiro emplacamento (zero km) ou transferência de veículos agora podem efetuar os serviços através da página online do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-CE), mediante utilização da nota fiscal eletrônica de compra. Somente proprietários de veículos registrados em um dos 184 municípios cearenses podem usufruir dos serviços. O endereço para acessá-los é http://central.detran.ce.gov.br/
" target="_blank">http://central.detran.ce.gov.br/.

Emplacamento

Primeiro, é necessário realizar o preenchimento do número do chassi do veículo, registrado na nota fiscal. Em seguida, na página da Central de Serviços, o usuário deve clicar em “Veículos” e optar por veículo particular ou aluguel.

A etapa seguinte é a escolha da numeração da placa, com letras e números. O próprio sistema apresenta 10 opções de numeração de placa, para ser escolhida apenas uma. Escolher a própria numeração custa R$ 265,98.

Depois, será exibido o número do protocolo de atendimento com os dados do veículo e proprietário. Após a confirmação, deve-se imprimir o número do protocolo de atendimento, a autorização para confecção da placa e tarjeta, o extrato de pagamento das taxas dos serviços do Detran e extrato de pagamento da taxa do seguro DPVAT.

O proprietário deve aguardar que os pagamentos quitados no banco sejam registrados no sistema, e o processo pode ser acompanhado pela página do Detran.

Nos processos finalizados, o proprietário poderá se dirigir a uma unidade do Detran para, presencialmente, concluir a vistoria do automóvel, receber o documento de licenciamento e registro (CRLV e CRV), fixar as placas e selar a placa traseira.

Transferência

Para proceder, já deve existir a comunicação eletrônica de venda ativa do veículo em cartório, chamado de DUT eletrônico, e não possuir nenhuma solicitação de mudança das características do veículo. O início do procedimento começa com a digitação do número da placa do veículo ou do Renavan. Em seguida, são apresentados os dados do veículo e da comunicação eletrônica de venda.

Ao confirmar, o sistema gera o número do protocolo, os dados do veículo e do novo proprietário. Em seguida, segue a impressão da autorização para confecção da placa ou tarjeta, o extrato de pagamento das taxas do Detran (e de multas, se houver) e o extrato de pagamento do valor da taxa de seguro DPVAT, caso esteja atrasado.

Fonte: Diário do Nordeste