quarta-feira, 1 de junho de 2016

Multa para quem guiar ´cinquentinha´ sem habilitação começa a valer

A multa para quem conduzir os ciclomotores, motos conhecidas como "cinquentinhas", começa a valer nesta quarta-feira (1º) em todo o Brasil.  Quem descumprir cometerá infração gravíssima, passível de multa de R$ 574,62 (o valor é multiplicado por 3) e apreensão do veículo.

No entanto, nem todos os estados começarão a aplicar multas. Após reunião da Associação Nacional dos Detrans em Brasília, Alagoas dará mais tempo para os condutores se adequarem e não vai fiscalizar a infração nos próximos 180 dias.

De acordo com o Detran-AL, a decisão foi tomada para que os Centros de Formação de Condutores façam os últimos ajustes nos procedimentos exigidos para a habilitação. Já em Rondônia, o Detran local adiou a fiscalização de registro e licenciamento dos ciclomotores até 31 de julho.

Para guiar "cinquentinha" é preciso ter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) na categoria A, para motos, ou a chamada ACC (Autorização para Conduzir Ciclomotores), um documento pouco conhecido do público e que tem baixíssima procura.

Segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), até o fim de abril, havia apenas 711 ACCs emitidas no país contra mais de 25 milhões de CNHs na categoria A. O Nordeste concentra os emplacamentos das "cinquentinhas", mas, em Pernambuco, por exemplo, ninguém tirou ACC desde que ela foi liberada, há 8 meses.

Detrans de 9 estados disseram que ainda não emitiram ACCs porque não há autoescolas que ofereçam o curso ou pela falta de procura.

"As próprias autoescolas induzem ao usuário a tirar a habilitação A, dizendo ser mais atrativa”, afirma Charles Ribeiro, diretor do Detran de Pernambuco e membro da Associação Nacional dos Detrans. A CNH do tipo "A" permite guiar qualquer tipo de moto, enquanto a ACC é restrita aos ciclomotores, ou seja, modelos de até 50 cc.

Curso mais curto

Por outro lado, tirar a ACC é mais rápido, porque são exigidas menos horas-aula.

Mas a maioria dos Detrans cobra os mesmos valores para emissão de ACC e da CNH.

E nem todas as autoescolas estão prontas para dar o curso para ACC, admite Ribeiro, apesar de o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) ter adiado em 3 meses a aplicação de multa aos não-habilitados justamente para que os Centros de Formação de Condutores (CFCs) se preparassem.

Veja abaixo mais detalhes da ACC e compare com a CNH. Ao fim da reportagem, saiba a situação em cada estado.

Fonte: G1
                                               

Água dentro da Lua foi levada por asteroides, indica estudo

Tem água no interior da Lua. O fato já era de conhecimento dos cientistas, mas o que eles não sabiam é como e quando o líquido foi parar lá dentro. Uma equipe de pesquisadores da França, Estados Unidos e Inglaterra descobriu que a maior parte da água encontrada em nosso satélite natural foi levada até lá por asteroides.

O estudo chegou à resposta por meio da combinação de modelos numéricos e da análise de dados de amostras lunares de estudos anteriores. Isso teria acontecido entre 4,5 e 4,3 bilhões de anos atrás. O estudo com os resultados da pesquisa foi publicado nesta terça na revista Nature Communications.

Com base em amostras de hidrogênio e nitrogênio, os autores mostram que uma classe de asteroides rica em água, conhecida como condritos carbonáceos, foi responsável pela maior parte da água no interior lunar. Os cometas representam menos de 20% do total de água da Lua.

Acredita-se que a Lua se formou de destroços gerados na colisão de um planeta do tamanho de Marte e a Terra, há cerca de 4,5 bilhões de anos. Esse material gerou um oceano de magma. A água foi para o interior da Lua ao longo de um período de 200 a 10 milhões de anos, quando esse oceano de magma lunar ainda existia.

Neste modelo, cometas e asteroides colidiram com o oceano de magma na Lua. A formação de uma "tampa", ou crosta, sobre esse oceano impediu que a água e outras substâncias voláteis escapassem.

Embora estes resultados sugiram que a maior parte da água veio de asteroides, é possível que outra parte tenha sido derivada do planeta Terra, após a "grande colisão". A ideia é sustentada pelo fato de a Lua e a Terra terem os mesmo isótopos de hidrogênio, quase como "impressões digitais".

Fonte: UOL