quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Colisão entre carreta e motocicleta resulta em morte de agricultor em Icó



Um acidente com vítima fatal na manhã desta terça-feira (9) vitimou o agricultor Francisco Geraldo Gadelha, 55 anos, conhecido por “Tico Geraldo e ou Tico Paminondas” em Icó. As informações são do repórter policial Richard Lopes.

Ele guiava uma motocicleta Bros de placa OSM2535, inscrição de Icó, quando foi colhido na altura do Km 374 da BR116, por uma carreta tanque de placas KEO4075 e tanque de placa AAC 7732, inscrição de Minas Gerais.

De acordo com a polícia e os inspetores que estiveram presentes no local, o motoqueiro teria saído de um desvio e cruzado a rodovia federal quando foi acertado pela carreta carregada de potássio.

O agricultor teve a cabeça esmagada no que resultou em morte imediata. O motorista da carreta foi identificado por Welber Dias Pacheco, de 41 anos. Ele se apresentou a delegacia regional de Polícia Civil para prestar depoimento e em seguida foi liberado.

O corpo do agricultor Francisco Geraldo Gadelha foi encaminhado de Icó para ser necropsiado na Pefoce de Iguatu.

Adolescente é executado com tiro na cabeça em Icó

Um adolescente foi vítima de homicídio na madrugada desta quarta-feira (10) em Icó. Por volta das 4h30 numa estrada carroçável no Sítio Pedra Branca, extrema com o município de Orós, David Alves Dias, 16 anos, foi assassinado com um tio na cabeça. As informações são do repórter policial Richard Lopes.

Segundo a polícia, David era suspeito de furtos, assaltos e seria usuários de drogas. Acredita-se que ele teria sido atraído para a morte no sítio Pedra Branca. No local existiam rastros de pneus de motocicletas. O inquérito policial ficará a cargo do delegado regional de polícia civil Marcos Sando Nazaré de Lira.

O corpo de David Alves foi encaminhado para ser necropsiado na Pefoce de Iguatu. Na noite dessa terça-feira (9), por volta das 21h, moradores da localidade ouviram barulhos e os cachorros começaram a latir. A polícia trabalha com a possibilidade de que o adolescente tenha sido morto ainda na noite de ontem. Nas primeiras horas da manhã de hoje o corpo foi encontrado por vaqueiros. A polícia segue investigando a morte do adolescente.

Gás que esfria sua geladeira deixa nosso planeta cada vez mais quente



Você pode estranhar, mas o problema é real: um gás que está na sua geladeira e no seu ar-condicionado é um dos responsáveis por deixar as temperaturas do nosso planeta cada vez mais altas. Conhecida há anos, a ironia do composto chamado HFC ser responsável pelo resfriamento e ao mesmo tempo virar um vilão para o aquecimento global tem explicação. O lado bom é que este gás deve ser banido em breve.

O problema com o HFC, grupo de gases que contém hidrogênio em sua fórmula, começou no Protocolo de Montreal, que baniu em 1987 o famoso CFC de objetos refrigeradores e aerossóis. À época, o CFC, com cloro, era temido por abrir um buraco gigante na camada de ozônio e causar o efeito estufa. Tanto é que neste ano já se notou que o buraco começou a diminuir. Mas a substituição do CFC pelo HFC acelerou um problema quase tão grande quanto: o aquecimento global.

"O HFC tem uma vantagem por não ter cloro, mas já se percebeu logo de cara que tinha outros problemas. Apesar do problema da camada de ozônio ser consertado, piorava o aquecimento. Na época, apesar de muitas críticas e objeções por ambientalistas, adotaram ele como um ´gás de transição´", relata o físico Délcio Rodrigues, do Observatório do Clima, associação que envolve várias entidades ambientais.

Previsão mostra como grandes cidades ficarão com aquecimento

Mas calma: o gás não é expelido ao meio ambiente cada vez que damos aquela famosa olhadinha na geladeira ´para pensar´ e nem faz mal à saúde diretamente em nossas casas - ele fica isolado dentro de eletrodomésticos. O HFC é um problema por causa das emissões feitas pela indústria na produção de refrigeradores, ares-condicionados e de espuma para travesseiros, colchões e outros estofados, além de liberações causadas em reparos ou no descarte de eletrodomésticos que contêm o composto.

"Na hora da compra, o consumidor pode procurar no mercado nacional geladeiras com propano. Não existe em todos os modelos, mas têm vários já. Elas não são mais caras, são basicamente equivalentes", ressalta Délcio. Na hora de jogar fora, o importante é não deixar em ferro-velho. "É bom procurar, as empresas, elas não disponibilizam essa informação facilmente, mas existem sistemas de recuperação para os gases. Então é bom o consumidor buscar a empresa e perguntar o que fazer para descartar."

O perigo do HFC, inclusive, fica ainda mais claro ao comparar o gás com o CO2, maior responsável pelo aquecimento global. Segundo Rodrigues, uma molécula do HFC é capaz de segurar calor em uma proporção 40 mil vezes maior do que uma molécula do CO2. Ou seja: apesar de a liberação do CO2 ser infinitamente maior, a pequena liberação do HFC é muito potente e representa um perigo real.

Anime-se: em breve este gás deve sumir da sua casa

A pergunta que fica é: se já sabiam que o composto causava impactos, por que o Protocolo de Montreal não definiu logo um gás sem malefícios? A resposta envolve alguns pontos. Primeiro, o aquecimento não era tão preocupante em 1987 como agora. O mais importante, contudo, é que o HFC tem algumas semelhanças com o CFC e uma mudança brutal envolve o que todo país evita tocar: dinheiro.

Assim como o CFC, o HFC é um composto neutro e pouco reagente – e pior, criado por empresas químicas que fazem lobby para seguir ganhando dinheiro com patentes. Os substitutos principais são gases naturais e baratos, entre eles o propano (para objetos pequenos) e amônia (a nível industrial). O problema com o propano, por exemplo, é que ele é inflamável e sua combustão eliminaria CO2. Toda a indústria precisaria ser reformulada, algo que pode custar entre US$ 8 bilhões e US$ 10 bilhões.

Mas, como ambos os substitutos têm bem menos impactos ambientais do que o HFC, e os países firmaram um importante acordo em Paris para a redução do aquecimento global, a expectativa é que o HFC seja proibido em um encontro global que será realizado em Kigali, em Ruanda.

"Após sete anos de negociação, acredita-se que seja possível chegar a um acordo na próxima reunião. Atualmente existem quatro propostas de emenda ao Protocolo, uma apresentada por Estados Unidos, Canadá e México; outra pela União Europeia; outra pela Índia e outra pelos países insulares do Pacífico", explica Magna Luduvice, gerente de proteção da camada de ozônio no Ministério do Meio Ambiente.

O Brasil, assim como outros países emergentes, exige financiamento das grandes nações para a ação. Até por isso, a tendência é que a indústria de refrigeradores e outras que usam gás HFC sejam a favor das mudanças, pois poderiam modernizar suas fábricas com investimentos do fundo. Ainda segundo Luduvice, a indústria tem participado "ativamente" das discussões e já percebeu que não pode mais utilizar compostos com impactos ambientais. Na União Europeia, por exemplo, as empresas já quase não usam mais o HFC.

Fonte: UOL