quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Fumaça das bombas do Senhor do Bonfim de Icó prevê boas chuvas em 2017

Um prenúncio positivo sobre o "inverno" tão esperado pelos icoenses, especialmente os agricultores, foi confirmado em um dos momentos mais esperados da procissão do Senhor do Bonfim, durante as bombas de encerramento do festejo, neste domingo [01].
As bombas presas em milhares de estacas ao longo do Largo do Théberge, além de produzirem um belo espetáculo que ocorre há séculos, também apontaram sobre a quadra invernosa que se prenuncia nas próximas semanas.
De acordo com o costume secular icoense retratado no livro "Icó em Fatos e Memórias", de Miguel Porfírio, a fumaça resultante das bombas da procissão do Senhor do Bonfim sinalizam e preveem se haverá ou não um bom "inverno".
CHUVAS EM 2017 - O sentido do vento no momento da queima dos fogos levou a fumaça para a Igreja do Senhor do Bonfim, passando por cima do Santuário na direção do Rio Salgado, o que significa uma boa quadra invernosa. Caso a fumaça tomasse a direção oposta, a tradição aponta para mais um ano sem muitas chuvas.
A quadra invernosa tem início em fevereiro e segue até maio deste ano. A expectativa e a esperança aguardam uma quantidade de chuvas no mínimo dentro da média, de forma que possa dar garantias de uma boa colheita e recarregar os açudes e rios que estão com volume com pouca água. Há cinco anos que as chuvas que caem estão abaixo da média histórica em Icó e no Ceará

Empresa Vestas vai produzir 21 turbinas eólicas no Ceará

A gigante dinamarquesa da indústria de aero geradores Vestas fechou mais um contrato neste início de ano para a produção de 21 turbinas eólicas, o qual deve ser atendido pela única unidade fabril da companhia no Brasil, que é localizada em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), no Ceará.
O comunicado da nova encomenda foi feito na tarde de ontem e destacou o desempenho da Vestas em captar novos negócios mesmo após um ano cujo os investimentos para a energia eólica não foram tão assíduos como antes e quando até um leilão de energia renovável foi cancelado pelo governo federal.
Sem revelar as cifras do negócio fechado com a Gestamp Eólica do Brasil, a Vestas informou que o equipamento tem previsão de entrega para iniciar no "quarto trimestre de 2017 e o comissionamento é esperado para o segundo trimestre de 2018".
"A Gestamp tem sido uma grande parceira nesses anos e foi o cliente da Vestas Brasil a receber a primeira turbina produzida em nossa fábrica no Ceará, certificada pelo Finame II (Agência Especial de Financiamento Industrial). Temos muita sorte em compartilhar com um cliente de alto nível, como a Gestamp, roteiros, novas ideias de projetos e oportunidades", afirma em nota enviada à imprensa Rogério Zampronha, presidente da Vestas Brasil, sobre o novo contrato fechado.
Destino das turbinas
Classificada como "um pedido firme e incondicional", a encomenda das 21 turbinas eólicas modelo V110, cuja potência é de 2.0 megawatts (MW) e o diâmetro chega a 110 metros, já possui destino definido. O equipamento será entregue no Rio Grande do Norte. É naquele estado que a Gestamp opera os parques eólicos Cabeço Vermelho e Cabeço Vermelho II, onde a Vestas ainda deve efetuar um projeto de gerenciamento de produção ativa 4000 (AOM4000), com duração de dez anos, cujo objetivo é "maximizar a produção".
Além desse contrato, a Vestas ainda assinou contrato com a EDF EN do Brasil para a segunda fase do projeto Ventos da Bahia. "Depois de finalizado, o parque eólico elevará a capacidade instalada da Vestas na Bahia para 700 MW", após a entrega de 53 turbinas V110-2.0 MW.
Presença no Estado
Em operação em Aquiraz desde o início do ano passado, a fábrica da Vestas teve investimento de R$ 100 milhões e deve atender todas as encomendas feitas à companhia em toda a América do Sul, como adiantou o vice-presidente global Jean-Marc Lechêne na cerimônia de inauguração da unidade, em 19 de janeiro de 2016.
A Vestas detém 20% do mercado de aero geradores de todo o planeta e passou 15 anos fora do mercado brasileiro, retornando em 2016. A escolha do Ceará, conforme indicou o presidente da empresa no Brasil há um ano, "foi muito fácil", devido aos investimentos do Estado em equipamentos de infraestrutura que facilitam a logística e o desenvolvimento industrial."É exemplo para os demais estados do Brasil", fez questão de destacar Rogério Zampronha.