Sai de Fortaleza sábado passado (26) com destino a Icó para passar 15 dias de merecidas férias com familiares e amigos. Há exatos dois anos que não vinha a minha terra natal. Mas uma coisa eu notei assim que cheguei ao torrão icoense.
É impressionante como de Fortaleza até chegar em Chorozinho, na Região Metropolitana de Fortaleza, como as cidades do entorno recebem todo tipo de obra, seja do governo municipal, estadual ou federal. Itaitinga, Palhano, Horizonte, Pacajus e Chorozinho, municípios menores do que o Icó, e com índices de educação, saúde, infra-estrutura e habitação superiores aos nossos. Isso é uma vergonha para a nossa histórica municipalidade e sua gente.
Assim que cheguei ao Icó entre meio-dia e uma hora da tarde do último sábado, o que deu pra perceber é que realmente a cidade não tem comando e muito menos prefeito. Está entregue ao deus dará, como se diz no ditado popular. Visitei domingo passado (27), o Hospital Regional. A primeira impressão é de abandono, sujeira e falta de administração. As paredes esburacadas, as árvores tomando conta da fachada do recinto, toalhas e roupas estendidas nas janelas, mais parecendo uma vila de moradores, enfim, uma verdadeira imundície.
As únicas obras de concreto em Icó são a Policlínica e a Escola Profissionalizante, de responsabilidade do Governo do Estado. E mais nada... As praças das entradas da cidade (Padre Cícero, Balão da Rodoviária e Balão do DNER) cada uma mais triste do que a outra. A primeira impressão que fica entre os turistas quando estes visitam qualquer cidade é a entrada do município. É só vocês, leitores, verem como estão hoje as praças do nosso ex-Distrito de Iguatu, hoje uma potência municipal administrada pelo prefeito Agenor Neto (PMDB).
Enquanto a cidade sofre, os seus municípes só pensam em festas e mais festas, deixando a cidade em último plano. Dói vê a subordinação do povo de Icó aos desmandos e abusos de poder dessa gente que ora estão no comando da Prefeitura Municipal. Pessoas que denegriam a imagem dos "Nunes" e hoje, ao adentrar-me em três residências, fui tomado de surpresa. Ao chegar na cozinha dessas casas, quem eu vejo: o que antes era o calendário do ex-prefeito Quilon Peixoto Farias (PSDB), hoje é o calendário do deputado estadual Neto Nunes (PMDB). A política de Icó realmente é um verdadeiro "samba do crioulo doido". Como se estes fossem "santos" católicos ou salvadores da pátria.