sábado, 21 de maio de 2016

Google patenteia adesivo para que pedestres atropelados "colem" no carro

O gigante da tecnologia Google patenteou uma nova "cola" para minimizar o dano aos pedestres que possam ser atingidos por um de seus veículos de condução autônoma, de modo que se forem atropelados fiquem colados à carroceria em vez de ser arremessados para longe.

O veículo de autocondução teria uma camada adesiva similar à cola colocada no capô e parachoque frontal, e nas laterais, segundo a solicitação de patente comentada pela imprensa americana.

"No caso de uma colisão entre um veículo e um pedestre, as lesões ao pedestre frequentemente são causada não só pelo impacto inicial do veículo, mas também pelo impacto seguinte, secundário, entre o pedestre e a superfície da estrada ou outro objeto", conforme descrito na patente.

"A ligação adesiva do pedestre ao veículo para que ele permaneça sobre o veículo até que este pare e não seja lançado, evitam deste modo um efeito secundário entre o pedestre e a superfície da estrada ou outro objeto", argumentou o Google.

Para evitar que outros objetos colem nessa camada adesiva, como insetos, terra e poeira, o Google afirma que a parte adesiva do capô é recoberta com um material como uma casca de ovo que se rompe com o impacto com um pedestre e deixa ao descoberto a camada adesiva.

Embora a apresentação da patente tenha sido publicado esta semana, o Google solicitou a patente em 2014, embora isto não signifique que a empresa vá utilizar de fato este mecanismo.

Agência EFE

Fone de ouvido promete traduzir áudios em tempo real

Já pensou falar uma frase em português e uma pessoa, na sua frente, entender tudo em inglês? Um novo fone de ouvido chamado Pilot, feito pela Waverly Labs, promete oferecer esta experiência. O sistema funciona de maneira semelhante ao Google Tradutor e o Skype Translator, ferramentas que vêm tentando garantir tradução em tempo real. No entanto, ao contrário de um app, o aparelho é um dispositivo vestível que praticamente sussurra a tradução no ouvido do usuário. 
Por enquanto, o produto deve funcionar apenas com línguas europeias baseadas no latim e também germânicas. A ideia do fone é permitir que as conversas sejam mais intuitivas do que usando programas para smartphones.
Apesar da ideia inovadora, o tradutor ainda precisa de muitas tecnologias para funcionar. Entre as deficiências está a necessidade de um bom sinal para converter a voz em um texto que será reproduzido no aparelho.
Além disso, a tradução, que pode usar engine do Google ou da Microsoft, precisa ser feita de maneira rápida, podendo haver problemas em conversas longas, por exemplo.
O aparelho está em pré-venda no site Indiegogo por US$ 299 (cerca de R$ 1,2 mil), mas só deve chegar ao mercado em 2017.

fonte: techtudo

Roteador acaba com congestionamento de rede e deixa Wi-Fi mais rápido

O Portal é um roteador que promete acabar com a lentidão do sinal Wi-Fi resolvendo um único problema, o congestionamento de redes. O aparelho oferece mais ondas de rádio que um dispositivo normal, o que faz com que o desempenho também melhore e a rede fique mais segura. 
Para entender como o aparelho funciona é importante lembrar que a lentidão no sinal Wi-Fi muitas vezes é causada pelo congestionamento nas ondas de rádio, já que a maioria dos roteadores operam na mesma frequência. Assim, o Portal funciona em um espaço livre, com poucos roteadores.
A tecnologia utilizada é chamada de Spectrum Turbocharger e permite que a rede wireless opere em parte protegida da frequência 5Ghz, originalmente reservada para sistema de radares meteorológicos. Isso permite um grande espaço livre para utilização. É como se dirigisse um carro super veloz em uma pista livre. 
O roteador também oferece a tecnologia SmartLanes, que monitora o congestionamento e muda os canais da rede sem fio conforme a necessidade, proporcionando ao usuário uma experiência de Internet sem interrupções. 
O aparelho possui nove antenas embutidas, cinco portas Ethernet e duas USB. O design é leve e a cobertura é de aproximadamente 230 m². Segundo a fabricante, a configuração do roteador é feita diretamente em um celular com um aplicativo que oferece redes seguras para visitantes. 
O Portal foi criado por ex-engenheiros da Qualcomm e está disponível por US$ 139, cerca de R$ 490. Atualmente, por questões de certificações exigidas por cada país, o roteador está disponível somente para Canadá, Estados Unidos e Europa.  

fonte: techtudo.

Google venderá celular desmontável, projeto Ara, no próximo ano

O Google anunciou nesta sexta-feira (20) que venderá seu celular "modular", que pode ser montado e desmontado com câmera, bateria e carcaça diferentes, por exemplo, e que é referido como Project Ara, a partir do ano que vem. Um kit será liberado para desenvolvedores no quarto trimestre deste ano, segundo a empresa.

Será o primeiro telefone fabricado pela companhia de internet –anteriormente, havia feito apenas parcerias no desenvolvimento da linha chamada Nexus, da qual alguns exemplares foram e são vendidos no Brasil.

Preço ou data exata não foram divulgados. O sistema operacional será Android.

Um dos diretores da divisão responsável pela iniciativa descreveu o dispositivo que chegará ao público em geral como "belo, leve e fino".

A ideia é que os consumidores sejam donos de um celular por tempo indeterminado, trocando seus componentes conforme a tecnologia avança –ou mesmo segundo a vontade do usuário.

Por exemplo: se a Qualcomm ou outra fabricante de processadores lança um novo chip, o dono de um celular modular tal qual o Ara poderia comprá-lo e substituir seu antigo, ficando com um telefone mais potente (apesar de a empresa não ter citado tal exemplo). Em outro caso, poderia escolher uma câmera com uma lente mais ampla para fotografar paisagens.

Módulos incluem alto-falantes, câmeras, bateria, armazenamento, telas secundárias e até ferramentas específicas, como medidores de glicemia.

Segundo a empresa, a troca de algumas peças sequer demandaria um reinício do celular, bastando solicitar a ejeção dos componentes antes de removê-los.

No mês passado, o Google anunciou a contratação de Rick Osterloh, que até então era o presidente-executivo da Motorola, hoje sob o controle da chinesa Lenovo.

O projeto Ara nasceu dentro da Motorola antes da aquisição da empresa sediada na região de Chicago pelo Google, e foi incorporada pela gigante de internet antes dessa última passagem de mãos da Motorola, para a Lenovo.

O mais recente smartphone de topo de linha da LG, o G5, foi um dos primeiros a levar ao público a possibilidade de adicionar e remover módulos, de maneira semelhante ao que fazem os protótipos do Ara, mas mais limitado.

A linha Nexus de celulares e tablets, na qual o Google trabalhou com HTC, Huawei, LG, Motorola e Samsung. A empresa diz que seu objetivo com ela é demonstrar para as demais fabricantes como produzir um aparelho que trabalha melhor com o sistema Android.

Fonte: Folha de S. Paulo

Varejo quer mais algodão ecológico, e Nordeste desponta

O Ciclo do Algodão desempenhou importantíssimo papel no desenvolvimento econômico do Estado do Ceará até que veio a praga do bicudo e acabou com tudo. Em 1992, no entanto, um teimoso grupo de pequenos produtores rurais decidiu investir novamente na cultura de uma outra forma, uma aventura chamada, à época, de "algodão ecológico". A ideia surgiu no Estado do Ceará, fomentada pela Organização Não Governamental Centro de Pesquisa e Assessoria (Esplar), incluindo os municípios de Quixadá e Quixeramobim, no Sertão Central; e Tauá, no Sertão dos Inhamuns. Depois vieram ações pontuais nos Estados da Paraíba e em Pernambuco. Em 2005 as ações foram intensificadas com a identificação de empresas interessadas na produção.

Atualmente cerca de 1.200 agricultores familiares do sertão do Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte produzem um algodão que, aos poucos, vem conquistando um mercado cada vez maior de exigentes consumidores que querem não apenas vestir ou calçar, mas fazer disso um hábito transformador num planeta que exige atitude diante dos desafios da convivência saudável da espécie humana com o seu meio.

A má notícia - sem contar com a escassez de chuvas que tem atrapalhado muito a produção dos últimos anos, determinando uma falta de constância na produção, a ser sanada com a ampliação da produção em diferentes pontos da região - é que a falta de estrutura, inclusive para comunicar esse potencial ao mundo, mantém a produção inferior a 0,1% do algodão consumido no País, enquanto a produção do Planeta mal atinge 1% do uso global.

Mas o melhor são as boas notícias. Há um mercado crescente interessado não apenas na produção nordestina, mas em incentivá-la. Começou com francesa Veja. Agora outros mercados se mostram interessados, entre eles, a Catalunha e a Alemanha. As informações são do pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Algodão, Fábio Aquino de Albuquerque, um dos participantes da mesa de debates, realizada nesta semana, no Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo, no pré-lançamento do documentário "For the Love of Fashion" - "Por Amor à Moda".

Documentário

Apresentado por Alexandra Custeau, neta do célebre Jacques Custeau, conhecida por defender a importância da conservação e da gestão sustentável da água para manter o Planeta saudável, produzido em conjunto pela National Geographic e a C&A. A estreia no Brasil está agendada para o próximo dia 25, às 17h15, no canal.

O documentário, que apresenta ao mundo a simplicidade e o alcance a produção do algodão orgânico na Índia e a virada da rede de lojas C&A, mostra o potencial desse mercado e que produzir de forma sustentável pode não ser nenhum "bicho de sete cabeças". O lançamento, realizado em conjunto pelo Instituto C&A e pela National Geographic, faz parte também de uma grande campanha da Companhia para levar aos seus clientes o conceito de que vestir pode ser uma atitude muito mais abrangente no sentido de tornar o Planeta mais habitável hoje e no futuro.

O presidente da C&A Brasil, Paulo Correa, destaca que atualmente 10% do que vende já é produzido com algodão BCI (Better Control Initiative), ou seja, aquele que tenta resolver o impacto negativo da cadeia produtiva, num processo de melhoria contínua, cuidando do solo, com uso racional da água, relações justas de trabalho, iniciado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em 2003, segundo Andrea Aragon, consultora de agronegócios, que também participou dos debates.

Indagado sobre a possibilidade de consumir o algodão orgânico do Nordeste, Correa foi categórico ao anunciar que tem todo o interesse. Já são quatro tecelagens e 12 fornecedores no País, com tendência de crescimento. Mas, infelizmente, esbarra na limitação da escala. "Se nós comprássemos toda a produção deles hoje, não daria para alimentar nem uma semana da nossa necessidade", afirmou. A meta da C&A é ousada: Ainda neste ano quer alcançar 15% das peças com algodão BCI, mas, até 2020, pretende chegar a 100%.

"Nós acreditamos que o poder da informação e a união de várias pessoas em prol de uma causa são a chave inicial para a mudança", afirmou o diretor global de Sustentabilidade da C&A, Jeffrey Hogue, que também participou a mesa pós-apresentação do documentário. Para ele, essa atitude tem tudo a ver com os 175 anos da empresa, que está em sua sexta geração da família, preservando valores muito fortes. Jeffrey reconhece que a realidade do documentário está desconectada do Brasil, mas acredita que, se conseguir comunicar bem, essa vontade vai surgir. E ainda revelou a disposição de ajuda aos produtores para se atingir essa meta dos 100%.

Para o pesquisador da Esalq, Lucílio Alves, outro a participar do debate, o caminho da sustentabilidade não tem mais retorno, mas o grande desafio é lidar com as externalidades, principalmente a comunicação com os consumidores e a dinâmica produtiva.

Multinacional de origem holandesa fundada em 1841 pelos irmãos Clemens e August, a C&A está presente no Brasil desde 1976, onde possui 280 lojas, com a meta de oferecer produtos e informação de moda de forma acessível. Desde 2006, audita a cadeia produtiva, monitorando padrões de negócios socialmente responsáveis. Em 2010 foi a primeira do setor a assinar o Pacto Nacional pelam Erradicação do Trabalho Escravo.

Momento difícil

No Estado do Ceará, o diretor do Esplar, Pedro Jorge Ferreira Lima, explica que o quadro climático contribuiu muito para a desarticulação dos cotonicultores familiares.

"O número dos que conseguem colher é menor a cada ano", destaca. No Ceará, esses pequenos agricultores estão nos municípios de Choró, Quixadá, Quixeramobim e Canindé, no Sertão Central; e também em Tauá, Independência, Nova Russas e Monsenhor Tabosa, no Sertão dos Inhamuns.

A produção é vendida para a francesa Veja, que lançou a marca no Brasil com o nome de Vert (verde em Francês), e pela Justa Trama. Mas Pedro Jorge reconhece que há outros mercados interessados e atribui a incapacidade de ampliar a produção à falta de assistência técnica. "Se o governo ajudar, há como atender a outros mercados", diz. Ele citou o caso de um produtor de redes de Jaguaruana, que tem importado algodão da Turquia para atender o cliente alemão e até se mostrou interessado em produzir sementes para estimular a produção local.

E é disso que o governo está precisando para ajudar. O coordenador de Agricultura Familiar da Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), Itamar Lemos, disse que abriu edital para a compra de sementes de algodão orgânico para o Programa Hora de Plantar, mas não apareceu ninguém. "A semente que circula mais é a transgênica. Se houver um produtor de orgânica, será um grande incentivo", disse.

Mais informações:

Estreia no Brasil do documentário For the Love of Fashion

Data: 25

Horário: 17h15

Canal: National Geographic

Fonte: Diário do Nordeste