A
poluição do ar é um problema grave em várias grandes metrópoles. Partículas no
ar que vão desde micro pedaços de pneu que se desprendem por conta do atrito,
fuligem dos escapamentos dos veículos, até o dióxido de carbono, alguns desses
podem chegar ao pulmão e contribuir para um possível câncer. Foi pensando nisso
que o Green City Solutions, grupo sediado em Berlin, na Alemanha, criou uma
parede artificial de musgo que traz um benefício ambiental ao filtrar o ar 275
vezes maior do que um árvore.
A
CityTree (Arvore da cidade em tradução livre) não se trata de uma árvore e sim
de uma parede de musgo de 3.5m² que funciona como um filtro de ar natural. De
acordo com o site do Green City Solution, "a função do City Tree é baseada
em biotecnologia, usada para cultivar musgos especiais, que têm a habilidade de
atrair poluição do ar dos seus arredores e converter na sua própria biomassa.
Ou seja, o musgo literalmente come poluição do ar", disse Denes Honus, CEO
& Cofundador da Green City Solutions.
Cada uma dessas paredes pode retirar até 30% dos poluentes do ar que estejam em
um raio de 50 metros, além de produzir oxigênio e esfriar o ar ao redor. Para
instalá-la é preciso de 8 horas e quase nenhuma manutenção é necessária. Na
verdade, o próprio sistema cuida de si mesmo provendo água e captando energia
solar para conseguir eletricidade.
Os
custos para plantar e manter uma árvore tradicional ficam em torno de R$ 3 mil
por década, segundo a BBC, já uma CityTree custa cerca de R$ 90 mil. Por
outro lado, "comparado com 275 árvores normais, uma City Tree é 95% mais
efetiva em termos de custos e precisa de 99% menos espaço e terra",
salienta Denes Honus.
Devido
a uma tecnologia de Internet das Coisas presente na instalação, a CityTree
consegue medir não só as necessidades da planta, como a qualidade da água,
umidade do solo, temperatura do ar, entre outros, mas também afere a
performance da filtragem sendo realizada pelo musgo, com informações sobre a
qualidade do ar. A estrutura já está presente em 25 cidades, com instalações
permanentes em Oslo (na Noruega), Paris (França), Dresden, Klingenthal (as duas
na Alemanha) e Hong Kong.
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