segunda-feira, 24 de julho de 2017

Navio 100% elétrico e que navegará sem tripulação será testado em 2018



O primeiro navio do mundo que navegará sem a necessidade de uma tripulação para operá-lo começará a ser testado a partir do próximo ano, em 2018. A embarcação deve começar a operar autonomamente em 2020, de acordo com o site da Yara, uma das empresas responsáveis pelo desenvolvimento do projeto.
O navio será do tipo cargueiro, de construção norueguesa e nome Yara Birkeland. Entre os equipamentos presentes para possibilitar a navegação autônoma estão: GPS, radar, câmeras e sensores para navegar passando pelo tráfego de navios e aportar sozinho.
O custo para tudo isso ficará em torno de 25 milhões de dólares (ou 78,67 milhões de reais na conversão de hoje). Esse valor é cerca de três vezes maior do que um navio cargueiro convencional de tamanho e função semelhante. Só que os investidores dizem que sem a necessidade de combustível (pois os navios serão totalmente elétricos) ou tripulação, os custos anuais de operação serão cortados em 90%.
"Yara Birkeland operará inicialmente como uma embarcação tripulada, passando para operação remota em 2019 e deverá ser capaz de realizar operações totalmente autônomas a partir de 2020", explicou a companhia em uma postagem no site, em maio.
A perspectiva é de que o navio comece a levar fertilizantes da instalação onde eles são produzidos até um porto que fica a cerca de 60 quilômetros de distância. O diretor de produção da Yara, Petter Ostbo, disse ao The Wall Street Journal que a companhia planeja investir em navios maiores e usá-los para rotas mais longas uma vez que a regulamentação para esse tipo de embarcação sem tripulação esteja pronta. "Talvez até levar o nosso fertilizante da Holanda até o Brasil", disse.
O navio está sendo desenvolvido em conjunto por uma firma de agricultura chamada Yara International e a companhia de tecnologia Kongsberg Gruppen. Está sendo considerado o "Tesla dos mares" - em referência aos carros elétricos e com viés autônomo, que estão sendo desenvolvido pelo Tesla Motors nos EUA.
Redação O POVO Online

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