Após alguns anos de incertezas, o turismo espacial está prestes a se tornar realidade. Diversas companhias estão em vias de iniciar suas operações para levar viajantes (ou astronautas amadores) ao espaço.
À frente da fila está a Virgin Galactic, do bilionário britânico Richard Branson. Depois de um acidente que atrapalhou os planos da companhia, em 2014, com a perda de sua primeira espaçonave e a morte de um piloto, a empresa espera iniciar as operações comerciais até 2018.
Em fevereiro, a Virgin apresentou sua nave redesenhada, a VSS Unity, que passa por testes. A empresa opera em Mojave, na Califórnia, e já vendeu cerca de 700 passagens antecipadas desde 2004.
Dessas, cerca de dez foram compradas por brasileiros. O primeiro da fila é Marcos Roberto Palhares. "O próprio Branson está ansioso para embarcar no primeiro voo", diz. Palhares é sócio do astronauta brasileiro Marcos Pontes em uma agência de turismo que comercializa passagens para esses voos por US$ 250 mil (R$ 868 mil).
As naves da Virgin são capazes de voos suborbitais, o que significa dizer que apenas chegam à fronteira do espaço, a 100 quilômetros de altitude, e depois retornam à Terra, sem entrar em órbita.
O percurso vai durar, em média, duas horas. Do alto, é possível ver a escuridão do espaço e a curvatura da Terra. Quando a nave atinge a altura máxima, os motores são desligados e o veículo entra em queda livre. Isso fornece a sensação de ausência de peso típica das missões espaciais, mas só durante três ou quatro minutos.
Com o mesmo perfil, mas usando foguete e cápsula em vez de veículos com asas, a empresa Blue Origin ameaça tomar a dianteira da empresa de Branson na reta final.
Financiada pelo magnata norte-americano Jeff Bezos, dono da Amazon, a Blue Origin já está testando seu sistema, batizado de New Shepard, e realizou três voos não tripulados com sucesso. O cronograma prevê o primeiro voo com piloto em 2017 –e viagens de turismo em 2018.
RUMO À ÓRBITA
A Blue Origin faz seus voos no Texas, bem longe do centro espacial norte-americano, o Cabo Canaveral e o Kennedy Space Center, que ficam na Flórida, a menos de uma hora de Orlando, e de onde partem a maior parte das naves rumo ao espaço.
Perto de lá só a SpaceX, que planeja viagens à órbita terrestre e até além dela. A empresa já tem contrato com a Nasa para transportar astronautas até a Estação Espacial Internacional já a partir do ano que vem.
Embora esse apoio ajude a SpaceX a garantir sistemas mais robustos para a empreitada, essas viagens são muito mais caras do que os planos de suas concorrentes –um voo orbital exige 30 vezes mais energia que um suborbital. Dificilmente a passagem sairá por menos de dezenas de milhões de dólares.
Contudo, a empresa já mostrou que tem potencial para usar o foguete Falcon Heavy e sua cápsula tripulada Dragon para enviar turistas ao redor da Lua –a um preço que só magnatas conseguirão pagar.
Mas esses lançamentos vão realmente acontecer? Uma coisa é enviar pilotos militares escalados pela Nasa, outra é lançar turistas civis.
"As companhias têm a tecnologia, mas talvez parem na burocracia", afirma Lucas Fonseca, engenheiro brasileiro que participou da missão que pousou o módulo Philae num cometa em 2014 –um dos maiores feitos científicos daquele ano.
Fonte: Folha de S. Paulo
À frente da fila está a Virgin Galactic, do bilionário britânico Richard Branson. Depois de um acidente que atrapalhou os planos da companhia, em 2014, com a perda de sua primeira espaçonave e a morte de um piloto, a empresa espera iniciar as operações comerciais até 2018.
Em fevereiro, a Virgin apresentou sua nave redesenhada, a VSS Unity, que passa por testes. A empresa opera em Mojave, na Califórnia, e já vendeu cerca de 700 passagens antecipadas desde 2004.
Dessas, cerca de dez foram compradas por brasileiros. O primeiro da fila é Marcos Roberto Palhares. "O próprio Branson está ansioso para embarcar no primeiro voo", diz. Palhares é sócio do astronauta brasileiro Marcos Pontes em uma agência de turismo que comercializa passagens para esses voos por US$ 250 mil (R$ 868 mil).
As naves da Virgin são capazes de voos suborbitais, o que significa dizer que apenas chegam à fronteira do espaço, a 100 quilômetros de altitude, e depois retornam à Terra, sem entrar em órbita.
O percurso vai durar, em média, duas horas. Do alto, é possível ver a escuridão do espaço e a curvatura da Terra. Quando a nave atinge a altura máxima, os motores são desligados e o veículo entra em queda livre. Isso fornece a sensação de ausência de peso típica das missões espaciais, mas só durante três ou quatro minutos.
Com o mesmo perfil, mas usando foguete e cápsula em vez de veículos com asas, a empresa Blue Origin ameaça tomar a dianteira da empresa de Branson na reta final.
Financiada pelo magnata norte-americano Jeff Bezos, dono da Amazon, a Blue Origin já está testando seu sistema, batizado de New Shepard, e realizou três voos não tripulados com sucesso. O cronograma prevê o primeiro voo com piloto em 2017 –e viagens de turismo em 2018.
RUMO À ÓRBITA
A Blue Origin faz seus voos no Texas, bem longe do centro espacial norte-americano, o Cabo Canaveral e o Kennedy Space Center, que ficam na Flórida, a menos de uma hora de Orlando, e de onde partem a maior parte das naves rumo ao espaço.
Perto de lá só a SpaceX, que planeja viagens à órbita terrestre e até além dela. A empresa já tem contrato com a Nasa para transportar astronautas até a Estação Espacial Internacional já a partir do ano que vem.
Embora esse apoio ajude a SpaceX a garantir sistemas mais robustos para a empreitada, essas viagens são muito mais caras do que os planos de suas concorrentes –um voo orbital exige 30 vezes mais energia que um suborbital. Dificilmente a passagem sairá por menos de dezenas de milhões de dólares.
Contudo, a empresa já mostrou que tem potencial para usar o foguete Falcon Heavy e sua cápsula tripulada Dragon para enviar turistas ao redor da Lua –a um preço que só magnatas conseguirão pagar.
Mas esses lançamentos vão realmente acontecer? Uma coisa é enviar pilotos militares escalados pela Nasa, outra é lançar turistas civis.
"As companhias têm a tecnologia, mas talvez parem na burocracia", afirma Lucas Fonseca, engenheiro brasileiro que participou da missão que pousou o módulo Philae num cometa em 2014 –um dos maiores feitos científicos daquele ano.
Fonte: Folha de S. Paulo
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