sábado, 21 de maio de 2016

Google venderá celular desmontável, projeto Ara, no próximo ano

O Google anunciou nesta sexta-feira (20) que venderá seu celular "modular", que pode ser montado e desmontado com câmera, bateria e carcaça diferentes, por exemplo, e que é referido como Project Ara, a partir do ano que vem. Um kit será liberado para desenvolvedores no quarto trimestre deste ano, segundo a empresa.

Será o primeiro telefone fabricado pela companhia de internet –anteriormente, havia feito apenas parcerias no desenvolvimento da linha chamada Nexus, da qual alguns exemplares foram e são vendidos no Brasil.

Preço ou data exata não foram divulgados. O sistema operacional será Android.

Um dos diretores da divisão responsável pela iniciativa descreveu o dispositivo que chegará ao público em geral como "belo, leve e fino".

A ideia é que os consumidores sejam donos de um celular por tempo indeterminado, trocando seus componentes conforme a tecnologia avança –ou mesmo segundo a vontade do usuário.

Por exemplo: se a Qualcomm ou outra fabricante de processadores lança um novo chip, o dono de um celular modular tal qual o Ara poderia comprá-lo e substituir seu antigo, ficando com um telefone mais potente (apesar de a empresa não ter citado tal exemplo). Em outro caso, poderia escolher uma câmera com uma lente mais ampla para fotografar paisagens.

Módulos incluem alto-falantes, câmeras, bateria, armazenamento, telas secundárias e até ferramentas específicas, como medidores de glicemia.

Segundo a empresa, a troca de algumas peças sequer demandaria um reinício do celular, bastando solicitar a ejeção dos componentes antes de removê-los.

No mês passado, o Google anunciou a contratação de Rick Osterloh, que até então era o presidente-executivo da Motorola, hoje sob o controle da chinesa Lenovo.

O projeto Ara nasceu dentro da Motorola antes da aquisição da empresa sediada na região de Chicago pelo Google, e foi incorporada pela gigante de internet antes dessa última passagem de mãos da Motorola, para a Lenovo.

O mais recente smartphone de topo de linha da LG, o G5, foi um dos primeiros a levar ao público a possibilidade de adicionar e remover módulos, de maneira semelhante ao que fazem os protótipos do Ara, mas mais limitado.

A linha Nexus de celulares e tablets, na qual o Google trabalhou com HTC, Huawei, LG, Motorola e Samsung. A empresa diz que seu objetivo com ela é demonstrar para as demais fabricantes como produzir um aparelho que trabalha melhor com o sistema Android.

Fonte: Folha de S. Paulo

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