Um estudo publicado nesta
quarta-feira (9) na revista Nature pode revolucionar o tratamento a lesões na
medula espinhal que causam paralisia. A pesquisa apresenta um dispositivo que
retoma o movimento de pernas de macacos poucos dias após uma lesão no local.
A melhor notícia é que o equipamento, que nada mais é do que uma interface sem fio que liga o cérebro à espinha, usa componentes que foram aprovados para pesquisa em humanos, segundo os cientistas. A viabilidade do estudo clínico em humanos com lesões na espinha já começou a ser avaliada no centro responsável pelo estudo.
"Consigo imaginar pela primeira vez um paciente completamente paralisado ser capaz de recuperar o movimento de suas pernas por meio desta interface", disse a neurocirurgiã Jocelyne Bloch, que participou do estudo
A pesquisa foi conduzida por Grégoire Courtine, do Instituto Federal de Tecnologia a Suíça, e colegas. Os cientistas desenvolveram uma interface que liga o cérebro à espinha e que decodifica sinais do córtex motor do cérebro que orquestra movimentos das pernas.
O dispositivo estimula eletrodos implantados em pontos específicos na medula espinhal inferior que modulam a flexão e extensão dos músculos na perna. Na prática, o equipamento funciona como uma "ponte" entre o cérebro e a espinha, passando por cima da lesão.
A interfase foi testada em macacos que tiveram apenas uma perna paralisada por uma lesão parcial na medula espinhal. Um dos animais conseguiu, sem treinamento ou fisioterapia, retomar parte do movimento da perna na primeira semana após a lesão, tanto na esteira como no chão. Já o outro macaco testado levou duas semanas para alcançar o mesmo feito.
"Esta é a primeira vez que a neurotecnologia restaura a locomoção em primatas. Mas ainda há muitos desafios pela frente e pode levar vários anos antes que os componentes possam ser testados em humanos" disse Grégoire Courtine, um dos autores da pesquisa
Os cientistas mostraram que a interface funciona instantaneamente para lesões parciais, como o que ocorreu com os macacos testados. O dispositivo também deve funcionar para lesões mais severas, provavelmente com o auxílio de agentes farmacológicos. É bom citar que para lesões parciais os primatas são capazes de recuperar toda a mobilidade depois de três meses.
Esta pesquisa não é o único avanço para pacientes com trauma na espinha. Em agosto, pacientes paraplégicos com antigas lesões na medula espinhal apresentaram melhoras na mobilidade e nas sensações com um treinamento de realidade virtual e o uso da robótica controlada pelo cérebro, em pesquisa conduzida por cientistas liderados pelo brasileiro Miguel Nicolelis.
Fonte: UOL
A melhor notícia é que o equipamento, que nada mais é do que uma interface sem fio que liga o cérebro à espinha, usa componentes que foram aprovados para pesquisa em humanos, segundo os cientistas. A viabilidade do estudo clínico em humanos com lesões na espinha já começou a ser avaliada no centro responsável pelo estudo.
"Consigo imaginar pela primeira vez um paciente completamente paralisado ser capaz de recuperar o movimento de suas pernas por meio desta interface", disse a neurocirurgiã Jocelyne Bloch, que participou do estudo
A pesquisa foi conduzida por Grégoire Courtine, do Instituto Federal de Tecnologia a Suíça, e colegas. Os cientistas desenvolveram uma interface que liga o cérebro à espinha e que decodifica sinais do córtex motor do cérebro que orquestra movimentos das pernas.
O dispositivo estimula eletrodos implantados em pontos específicos na medula espinhal inferior que modulam a flexão e extensão dos músculos na perna. Na prática, o equipamento funciona como uma "ponte" entre o cérebro e a espinha, passando por cima da lesão.
A interfase foi testada em macacos que tiveram apenas uma perna paralisada por uma lesão parcial na medula espinhal. Um dos animais conseguiu, sem treinamento ou fisioterapia, retomar parte do movimento da perna na primeira semana após a lesão, tanto na esteira como no chão. Já o outro macaco testado levou duas semanas para alcançar o mesmo feito.
"Esta é a primeira vez que a neurotecnologia restaura a locomoção em primatas. Mas ainda há muitos desafios pela frente e pode levar vários anos antes que os componentes possam ser testados em humanos" disse Grégoire Courtine, um dos autores da pesquisa
Os cientistas mostraram que a interface funciona instantaneamente para lesões parciais, como o que ocorreu com os macacos testados. O dispositivo também deve funcionar para lesões mais severas, provavelmente com o auxílio de agentes farmacológicos. É bom citar que para lesões parciais os primatas são capazes de recuperar toda a mobilidade depois de três meses.
Esta pesquisa não é o único avanço para pacientes com trauma na espinha. Em agosto, pacientes paraplégicos com antigas lesões na medula espinhal apresentaram melhoras na mobilidade e nas sensações com um treinamento de realidade virtual e o uso da robótica controlada pelo cérebro, em pesquisa conduzida por cientistas liderados pelo brasileiro Miguel Nicolelis.
Fonte: UOL
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