Cientistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Calteh), nos
Estados Unidos, revelaram uma nova tecnologia que permite que pessoas
controlem membros artificiais, como braços, apenas com o poder da mente.
A 'mágica' acontece através de um chip que é implantado no cérebro. O
estudo visa ajudar pessoas com paralisia e promete controle desses
membros com maior precisão e velocidade do que as técnicas atuais
oferecem.
Essa não é a primeira vez que sensores são implantados no cérebro para
ajudar no movimento. O problema das outras tentativas é que todo o
processo acontecia lentamente, o que deixava a ação mais artificial. A
tecnologia do Caltech torna esta ação mais natural. A desvantagem,
entretanto, é que como ela ainda não foi muito desenvolvida, os
movimentos não correspondem exatamente ao que o paciente imagina.
Assim
como outras ordens do cérebro, o movimento tem origem em um impulso
elétrico originado nos neurônios, que é então enviado pela espinha aos
membros correspondentes e executado. Quando uma pessoa sofre danos nesta
área do corpo, o sinal perde a rota para a área afetada, mas continua
sendo emitido. Os sensores conseguem interceptar esse sinal e enviá-lo
para um computador que os decodifica e transforma em comandos para o
braço robótico.
O paciente que está testando a tecnologia, Erik Sorto, sofre de
paralisia há 10 anos. Após receber os implantes, ele aprendeu a
controlar o braço no primeiro dia, estendendo-o e apertando a mão de
outras pessoas. O próximo passo foi aprender a beber sozinho, movendo um
copo até a boca. Mas para o bom funcionamento da prótese é preciso
praticar várias
vezes. Para aprender a jogar "pedra, papel ou tesoura", por exemplo,
Sorto teve que praticar mais de 6,7 mil vezes até pegar o jeito do
movimento.
O
problema das próteses é que existe um limite para o que elas podem
fazer enquanto não houver uma forma de receber feedback para melhorar o
resultado. Voltando ao exemplo do copo, nosso corpo sabe quando está
tocando no objeto graças à sensação de toque, passando para a próxima
fase do movimento automaticamente. Com os membro artificiais toda essa
informação deve ser captada com os olhos. O próximo passo da pesquisa,
segundo os pesquisadores, é criar novas próteses que possuam um
mecanismo capaz de enviar sinais para o cérebro imitando a sensação de
toque. Até lá aguardaremos os próximos capítulos dessa história.
fonte: tech tudo