Os produtores rurais no sertão,
que já enfrentam crise decorrente de cinco anos seguidos de chuvas abaixo da
média, aumento dos insumos e queda no preço dos produtos agropecuários, querem
a revogação da medida do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa) que autorizou por um ano as indústrias de laticínios do Semiárido
nordestino a reconstituir leite em pó para a produção de leite longa vida (UHT)
e pasteurizado.
A medida do Mapa criou descontentamento entre os criadores e lideranças sindicais. "Isso é um absurdo, pois é uma medida que atende exclusivamente os interesses da indústria de laticínios", observou o presidente do Sindicato Rural de Quixeramobim, Cirilo Vidal Pessoa. "O leite a ser reidratado é importado, com subsídio na origem, na Europa, nos Estados Unidos, chegando ao Brasil pelo Mercosul".
Para o setor agropecuário, a medida vai intensificar a crise que vem afetando os criadores no sertão cearense. "O preço do leito pago ao produtor no Ceará é baixo se comparado ao de outros Estados. Com essa decisão, há forte risco desse preço cair ainda mais", disse Vidal.
A decisão do Mapa foi adotada no último dia 21 de julho por meio de Instrução Normativa que autoriza, pelo período de um ano, as indústrias de laticínios da região da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) a reconstituir leite em pó para a produção de leite longa vida e pasteurizado.
"Mesmo reconhecendo que a reconstituição de leite em pó não é benéfica para o País, o Mapa abriu exceção à regra para atender interesses comerciais das indústrias de laticínios", denunciou, por meio de ofício encaminhado ao presidente da República, Michel Temer, o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins da Silva Júnior.
Saída
A medida governamental vai provocar a saída de muitos produtores de leite da atividade, prevê Martins. "É provável que ocorra um ambiente artificial de mercado, prejudicando fortemente o produtor rural. Nós solicitamos do presidente da República a revogação da medida".
Vidal disse que as entidades que representam o setor agropecuário estão mobilizadas para tentar reverter a medida do Mapa. "Os impactos são negativos e precisam ser analisados pelo governo". No Ceará, o preço pago ao produtor varia entre R$ 1,00 e R$ 1,40 por litro de leite. Mediante o quadro de dificuldades, muitos criadores estão abandonando a atividade no interior.
Fonte: Diário do Nordeste
A medida do Mapa criou descontentamento entre os criadores e lideranças sindicais. "Isso é um absurdo, pois é uma medida que atende exclusivamente os interesses da indústria de laticínios", observou o presidente do Sindicato Rural de Quixeramobim, Cirilo Vidal Pessoa. "O leite a ser reidratado é importado, com subsídio na origem, na Europa, nos Estados Unidos, chegando ao Brasil pelo Mercosul".
Para o setor agropecuário, a medida vai intensificar a crise que vem afetando os criadores no sertão cearense. "O preço do leito pago ao produtor no Ceará é baixo se comparado ao de outros Estados. Com essa decisão, há forte risco desse preço cair ainda mais", disse Vidal.
A decisão do Mapa foi adotada no último dia 21 de julho por meio de Instrução Normativa que autoriza, pelo período de um ano, as indústrias de laticínios da região da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) a reconstituir leite em pó para a produção de leite longa vida e pasteurizado.
"Mesmo reconhecendo que a reconstituição de leite em pó não é benéfica para o País, o Mapa abriu exceção à regra para atender interesses comerciais das indústrias de laticínios", denunciou, por meio de ofício encaminhado ao presidente da República, Michel Temer, o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins da Silva Júnior.
Saída
A medida governamental vai provocar a saída de muitos produtores de leite da atividade, prevê Martins. "É provável que ocorra um ambiente artificial de mercado, prejudicando fortemente o produtor rural. Nós solicitamos do presidente da República a revogação da medida".
Vidal disse que as entidades que representam o setor agropecuário estão mobilizadas para tentar reverter a medida do Mapa. "Os impactos são negativos e precisam ser analisados pelo governo". No Ceará, o preço pago ao produtor varia entre R$ 1,00 e R$ 1,40 por litro de leite. Mediante o quadro de dificuldades, muitos criadores estão abandonando a atividade no interior.
Fonte: Diário do Nordeste
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