Confirmando o que já havia
anunciado antes, a Petrobras informou que encerra hoje as atividades da Usina
de Biodiesel de Quixadá. "A partir desta data, o ativo será preparado para
hibernação de forma a garantir a integridade e a segurança das instalações até
que seja definido o destino da unidade", diz a estatal, em nota.
A companhia também informou que irá analisar, juntamente com o Governo do Estado do Ceará, se irá continuar ou não os contratos com cerca de 1.300 agricultores familiares da região, para a manutenção das atividades do Selo Combustível Social, "considerando que a Petrobras Biocombustível opera outras duas unidades de biodiesel", em Montes Claros (MG) e Candeias (BA). A companhia realiza a compra da mamona produzida pelos agricultores.
Os empregados da Usina de Biodiesel de Quixadá "serão realocados em outras unidades e os contratos de prestação de serviço rescindidos com o devido cumprimento de todas as cláusulas contratuais. O destino dos ativos, incluindo terreno e equipamentos, será definido no plano de ações para implementação do Plano Estratégico 2017-2021 da Petrobras", acrescenta a estatal.
A decisão pelo encerramento das atividades "levou em conta projeções de que não haveria uma solução para a usina em curto prazo e sem novos investimentos", finaliza a Petrobras.
Reunião
Com o objetivo de tentar reverter o encerramento da unidade, o governador do Ceará, Camilo Santana, tem reunião marcada para hoje com o diretor executivo de Refino e Gás Natural da Petrobras, Jorge Celestino Ramos. O encontro também inclui o deputado federal e coordenador-adjunto da bancada cearense na Câmara dos Deputados, Odorico Monteiro (PROS-CE). Camilo deve apresentar ao representante da estatal uma proposta de incentivos fiscais relativos ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidentes sobre a matéria-prima e produção da Usina.
Manifestação
Moradores e lideranças locais de Quixadá estão inconformados com a interrupção das atividades do empreendimento. Ontem, cerca de 200 pessoas participaram de um ato em frente à unidade, incluindo representantes sindicais e familiares de funcionários da usina. Eles utilizaram faixas, cartazes e um pequeno trio elétrico para protestar contra o fechamento.
O ato teve início por volta das 7h e foi encerrado às 10h30. O prefeito eleito de Quixadá, Ilário Marques (PT), acompanhado da esposa, a deputada estadual Rachel Marques (PT), também participaram da manifestação.
Impactos
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Juatama, distrito onde a Usina está instalada, 50 moradores da localidade trabalham na usina. "Essa decisão traz um prejuízo imenso para Juatama porque, além dos funcionários, ainda tem o comerciante que vai ter essa grande perda. Tem churrascaria, casa que era alugada, tudo acaba impactado", diz Reginaldo Silva de Sousa, membro da entidade.
O secretário de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Rural de Quixadá, Charles Macêdo, diz que "a nível de agricultura, pra nós de Quixadá não vai ter muito impacto, porque ela (a usina) não pega nada de matéria- prima daqui nem do Estado. Ela não compra nada de nossos produtores". Charles reconhece que para outros fins, a decisão terá um efeito maior.
Mesmo diante da pressão exercida pela população em protestos, o secretário avalia que será difícil reverter o que já está decidido.
Fonte: Diário do Nordeste
A companhia também informou que irá analisar, juntamente com o Governo do Estado do Ceará, se irá continuar ou não os contratos com cerca de 1.300 agricultores familiares da região, para a manutenção das atividades do Selo Combustível Social, "considerando que a Petrobras Biocombustível opera outras duas unidades de biodiesel", em Montes Claros (MG) e Candeias (BA). A companhia realiza a compra da mamona produzida pelos agricultores.
Os empregados da Usina de Biodiesel de Quixadá "serão realocados em outras unidades e os contratos de prestação de serviço rescindidos com o devido cumprimento de todas as cláusulas contratuais. O destino dos ativos, incluindo terreno e equipamentos, será definido no plano de ações para implementação do Plano Estratégico 2017-2021 da Petrobras", acrescenta a estatal.
A decisão pelo encerramento das atividades "levou em conta projeções de que não haveria uma solução para a usina em curto prazo e sem novos investimentos", finaliza a Petrobras.
Reunião
Com o objetivo de tentar reverter o encerramento da unidade, o governador do Ceará, Camilo Santana, tem reunião marcada para hoje com o diretor executivo de Refino e Gás Natural da Petrobras, Jorge Celestino Ramos. O encontro também inclui o deputado federal e coordenador-adjunto da bancada cearense na Câmara dos Deputados, Odorico Monteiro (PROS-CE). Camilo deve apresentar ao representante da estatal uma proposta de incentivos fiscais relativos ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidentes sobre a matéria-prima e produção da Usina.
Manifestação
Moradores e lideranças locais de Quixadá estão inconformados com a interrupção das atividades do empreendimento. Ontem, cerca de 200 pessoas participaram de um ato em frente à unidade, incluindo representantes sindicais e familiares de funcionários da usina. Eles utilizaram faixas, cartazes e um pequeno trio elétrico para protestar contra o fechamento.
O ato teve início por volta das 7h e foi encerrado às 10h30. O prefeito eleito de Quixadá, Ilário Marques (PT), acompanhado da esposa, a deputada estadual Rachel Marques (PT), também participaram da manifestação.
Impactos
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Juatama, distrito onde a Usina está instalada, 50 moradores da localidade trabalham na usina. "Essa decisão traz um prejuízo imenso para Juatama porque, além dos funcionários, ainda tem o comerciante que vai ter essa grande perda. Tem churrascaria, casa que era alugada, tudo acaba impactado", diz Reginaldo Silva de Sousa, membro da entidade.
O secretário de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Rural de Quixadá, Charles Macêdo, diz que "a nível de agricultura, pra nós de Quixadá não vai ter muito impacto, porque ela (a usina) não pega nada de matéria- prima daqui nem do Estado. Ela não compra nada de nossos produtores". Charles reconhece que para outros fins, a decisão terá um efeito maior.
Mesmo diante da pressão exercida pela população em protestos, o secretário avalia que será difícil reverter o que já está decidido.
Fonte: Diário do Nordeste
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