sexta-feira, 15 de julho de 2016

Agricultura familiar ainda resiste à crise e à estiagem



Apesar das dificuldades enfrentadas pelos agricultores no sertão cearense no atual ciclo de cinco anos seguidos de estiagem, a agricultura familiar mostra-se viável em quintais produtivos e sistemas localizados de irrigação para a produção de hortaliças e fruteiras. A safra é contínua, atende o consumo próprio e permite a venda do excedente na comunidade e nos centros urbanos próximos.<br><br>Recentemente, pequenos produtores de base familiar estiveram reunidos na Feira Regional de Agricultura Familiar e Economia Popular Solidária, na cidade de Crateús. Foi uma oportunidade para venda de grãos, verduras, legumes, frutas e de animais (galinha caipira, ovinos e caprinos) e de troca de experiência sobre as tecnologias de convivência com o Semiárido e de reaproveitamento da água usada em pias e lavatórios para irrigação de hortaliças e fruteiras.<br><br>José da Luz Santos (Zé Chico) é produtor rural no município de Tamboril. Desde 2006, mantém um quintal com cultivo de cheiro verde, alface, beterraba e cenoura, na aldeia indígena Viração. Uma cisterna de enxurrada assegura a reserva de água para a irrigação da horta. "Vendo de 15 em 15 dias na feira da agricultura familiar e na própria comunidade. Estou satisfeito porque ajuda na renda", disse.<br><br>A agricultora Antonieta de Souza Araújo, 48, contou que a partir de 1993 começou a aprender sobre a agricultura agroecológica, a importância do cultivo orgânico para a proteção da saúde do produtor, consumidor e do meio ambiente. "A nossa produção é orgânica e vem dando certo", disse.<br><br>Antonieta Araújo trabalha na produção de hortaliças e frutas, na localidade de Filomena, a 15Km da sede de Crateús. Tem ajuda do marido e de três filhos. Dispõe de um cacimbão e de uma cisterna de enxurrada. Com dedicação, eles tiram da terra o sustento da família, produzindo pimentão, cheiro verde, alface e cenoura.<br><br><em>Fonte: Diário do Nordeste</em></p>

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