quarta-feira, 9 de junho de 2010

ICÓ, UMA CIDADE DE RETROCESSOS E PARADOXOS

É assombrosa a situação em que se encontra o tão sofrido e trabalhador povo da cidade de Icó no estado do Ceará, as palavras que podem ser usadas para abrilhantar a condição econômica e educacional da cidade se mostram poucas e estas ainda fogem do vocabulário.
Um dos paradoxos mais intrigantes, com relação a cidade é o seguinte: como pode uma cidade localizada em um pólo (Cercada pelas cidades de Cedro, Jaguaribe, Óros, Lavras da Mangabeira, Iguatu entre outras), cortada por um Rio (Rio Salgado) e por uma BR (BR 116) fazendo divisa com dois estados, Paraíba e do Rio Grande do Norte, ainda se manter estática e simplesmente parada no tempo, sem se quer um único fator de desenvolvimento que se possa apontar. Usar os termos “Icó parou no tempo”, é errôneo, na verdade o correto a ser usado é “Icó nunca saiu do lugar”, é triste e até mesmo pouco ético e não muito patriótico um icoense esta usando tais termos para retratar a situação calamitosa que se encontra a sua cidade, mas infelizmente é uma realidade que não pode ser negada.

Enquanto a cidade ostenta um dos melhores acervos arquitetônicos do Brasil, com um legado de grandes contribuições para o crescimento do país, com uma capacidade produtiva invejada e tão sonhada por outras cidades, com o maior potencial de crescimento econômico baseado no eco-turismo e no turismo histórico e religioso do Brasil, vemos os seus munícipes perecendo, com a pior educação do estado do ceará, e uma saúde inexistente, e esses são os serviços básicos para a vida em sociedade.
Então, como querer que uma cidade nessa situação mostre vestígios de desenvolvimento? Não dá pra sonharmos com desenvolvimento ainda, vamos sonhar com uma cidade onde teremos hospitais, escolas e ruas asfaltadas com saneamento básico. Depois disso, ai nós poderemos sonhar com o “DESENVOLVIMENTO”. Mais para termos esses sonhos realizados, precisamos votar certo, em pessoas que saibam administrar, que tenham visão de futuro, colocar no poder políticos que pelo menos saibam falar, gestores que saibam elaborar ao menos um projeto, o que precisamos é simplesmente exercer o nosso papel de cidadão, reclamando por nossos direitos.
A partir desse momento ai sim, nós estaremos nos desenvolvendo, socialmente e economicamente, podendo bater no peito e dizer, “Tenho orgulho de ser Icoense!”
 

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